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sábado, 27 de novembro de 2010

Cloro usado em piscinas pode favorecer alergia respiratória

O cloro das piscinas pode favorecer o surgimento de asma e alergias em adolescentes que já tenham alguma predisposição, mostra um estudo belga publicado na edição de outubro de 2010 da revista científica "Pediatrics".

O levantamento, feito na Universidade Católica de Louvain, acompanhou 733 adolescentes entre 13 e 18 anos que nadavam em piscinas com cloro, tanto cobertas quanto ao ar livre.







Os dados foram comparados com os de 114 voluntários que usavam piscinas higienizadas pelo método de ionização por cobre-prata.

O risco de desenvolver asma e rinite foi maior naqueles que tinham sensibilidade alérgica, avaliada por dosagem de determinadas substâncias no sangue.






"O cloro não é um alérgeno, mas sabe-se que ele é irritante. Em pessoas com asma, a irritação pode desencadear crises", diz a alergista Ana Paula Castro, do HC de São Paulo.


A proporção de asma cresceu com a exposição: 6,4% dos que tinham nadado entre 500 e mil horas tiveram o problema. Entre os que nadaram mais de mil horas, o índice foi de 11,9%.








Entre os adolescentes com predisposição, o risco de rinite aumentou entre 2,2 e 3,5 vezes naqueles que tinham nadado mais de mil horas em piscinas com cloro.














Segundo o estudo, a irritação das vias aéreas causada pelo cloro da água e do ar das piscinas tem um efeito no desenvolvimento da asma e de alergias respiratórias.




Esse impacto aparenta ser até mais importante do que o causado pela exposição ao fumo em segunda mão.


"A natação é um excelente esporte para quem tem asma, mas recomendamos que seja praticada em piscinas abertas e, de preferência, que usem outro método de tratamento da água", afirma Castro.


Adolescentes que já passaram mais de 1.000 horas em piscinas coletivas tratadas com cloro têm cerca de oito vezes mais chances de terem problemas com asma e alergias respiratórias do que aqueles que nadaram em piscinas mantidas limpas por meio de ionização por cobre-prata.


A estatística vale tanto para piscinas ao ao livre como cobertas.




Este é o resultado de uma pesquisa da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, publicada no periódico Pediatrics.




Segundo Alfred Bernard, toxicologista que liderou o grupo de pesquisa, "quando usado de forma apropriada, o cloro é um desinfetante eficiente e seguro. Entretanto, quando muito cloro é adicionado à água ou acumula-se no ar sobre as piscinas cobertas, os órgãos do banhista sofrem algum tipo de irritação".

O estudo legitima as evidências crescentes de que essa irritação pode ser prejudicial para as vias respiratórias de pessoas que nadam com regularidade, especialmente as crianças, mais vulneráveis.


No entanto, de acordo Jennifer Appleyard, do departamento de Alergia e Imunologia do Hospital St. John Hospital de Detroit, não se deve encorajar pais a tirarem seus filhos das aulas de natação.














Como o estudo é preliminar, apenas aquelas crianças que já tenham histórico de asma devem deixar a natação – ou mudar para uma escola que trate a água da piscina com outro método que não o cloro.


Nas piscinas domésticas, o pesquisador Bernard sugere uma quantidade segura de cloro, e não a adição da substância com o intuito de deixar a água mais azul – como faz grande parte das pessoas.


"O cloro é um desinfetante, não um agente de limpeza", diz.

Crianças podem ser ainda mais vulneráveis ao cloro do que adolescentes
O estudo Os pesquisadores examinaram 847 adolescente, entre 13 e 18 anos, com vários graus de frequência a piscinas tratadas com métodos diferentes. Destes, 114 serviram de grupo de referência, uma vez que frequentaram piscinas tratadas com ionização por cobre-prata.









Aqueles que nadaram de 100 a 500 horas em piscinas cloradas têm 80% mais risco de ter asma, enquanto os que passaram de 500 a 1.000 horas têm o dobro disso.






Quando o tempo ultrapassa as 1.000 horas, o risco de ter a doença quase quadruplica.
Na comparação entre aqueles que passaram 1.000 horas em piscinas cloradas e aqueles que raramente as frequentam, o risco aumenta oito vezes.


Já o risco de alergias respiratórias mais que dobra entre os adolescentes que passaram mais de 100 horas nadando em água clorada.




Tratamento de Piscinas de Uso Público - Ozonização, Ionização ou Ultravioleta?
O aumento da consciência da população em relação à saúde e ao bem-estar torna as piscinas uma ótima opção, já que os exercícios aquáticos desenvolvem a motricidade, sociabilidade e controle respiratório, além de ser uma ótima fonte de entretenimento, lazer e atividades fisioterápicas.



Todos esses benefícios podem vir acompanhados de preocupações ocasionadas pela manutenção inadequada da água das piscinas, o que torna necessário prover tratamentos mais eficientes de desinfecção.


Diante desta crescente necessidade, o mercado oferece inúmeras opções e cabe ao profissional responsável pela manutenção das piscinas fazer a melhor escolha, priorizando a saúde dos usuários.
Ao escolher a piscina de uma determinada instituição (academia, clube ou colégio) para praticar atividades aquáticas, as pessoas nem sempre levam em conta o tipo de tratamento dado à água.



Isso porque entendem como fator de purificação somente a sua transparência.


A contaminação invisível é muito mais comum do que se imagina.


Milhares de bactérias, vírus, fungos, protozoários e microorganismos em geral podem estar presentes em águas transparentes.



Além disso, as próprias pessoas, ao entrarem na água, adicionam inúmeros contaminantes, que podem afetar a saúde das outras .


Principais formas de contaminação de piscinas
Contaminantes Químicos e Microbiológicos adicionados pelos banhistas na água da piscina




Contaminantes Químicos e Microbiológicos adicionados pelos banhistas na água da piscina

Contribuições Químicas Solúveis :urina ;ColoidaL

Secreções (nasal, faringe, cutânea).
Em suspensão
Cremes, cosméticos, filmes, pele, cabelos etc.

Contribuições Microbiológicas
Bactérias, vírus e parasitas.

Fonte: Ozone Treatment of Waters for Swimming Pools - Edited Rip G Rice, Ph.D - International Ozone Association - March 1982

Dos tratamentos complementares à cloração, disponíveis no mercado brasileiro, destacam-se a ionização, a radiação ultravioleta (UV) e o ozônio (O3).

Ionização
O processo de ionização envolve a liberação de íons de cobre e prata (metais pesados), que são liberados na água a ser tratada.
Os íons de cobre são responsáveis por quebrar as paredes celulares das algas, impedindo que elas se formem novamente. Os íons de prata, por sua vez, fazem a desinfecção da água. Neste tratamento não existe a oxidação de material orgânico contido na água (suor, urina, excreções, etc). Como a ionização tem a grande desvantagem de ser um processo baseado em metais pesados (nocivos à saúde), ela é a menos recomendada.
Radiação Ultravioleta
A luz ultravioleta com comprimento de onda em torno de 250nm (nanômetros) inativa microorganismos quando expostos à mesma. Para que a luz alcance todo o corpo da água é necessário que esta não apresente turbidez. Se por acaso houver turbidez na água, o tratamento fica prejudicado, pois a luz não consegue atingir toda a extensão necessária. Desta forma é necessário garantir a constante limpeza do vidro de isolamento da lâmpada, bem como ter sempre uma água límpida a ser tratada.
Um outro ponto importante a ser lembrado é que, em agrupamento de microorganismos, a luz incidirá somente sobre os da frente, não atingindo os que fiquem "protegidos" na parte de trás.
Este é um processo de tratamento microbiológico, não atuando na oxidação de material orgânico presente na água. É importante notar que existem processos oxidativos utilizando-se UV, inclusive em conjunto com ozonização, porém os produtos oferecidos atualmente para tratamento de piscinas no Brasil não contemplam estes processos.
Os sistemas de ultravioleta comercializados no Brasil funcionam como auxiliares, pois continua existindo a necessidade de aplicá-los em conjunto com o cloro, responsável por garantir a oxidação e desinfecção da água da piscina. Ou seja: continua sendo imprescindível a manutenção do cloro residual livre (de acordo com as normas da Vigilância Sanitária) para garantir a segurança dos banhistas.
Ozônio
O Ozônio (O3), conhecido como Oxigênio Ativo, é um gás natural e protege os seres vivos, como um filtro, dos raios solares malignos. Ele é um poderoso bactericida, algicida, fungicida e viricida (destrói esses microorganismos 3.120 vezes mais rápido que o Cloro), além de ser reconhecido como o mais seguro e eficaz método de tratamento de água do mundo, com aplicações em indústrias, piscinas, águas municipais, medicina e odontologia.
Aplicado na desinfecção da água, o Ozônio faz o papel de agente microbiológico e oxidante ao eliminar as cloraminas (reação do Cloro com todas as impurezas presentes na água). Elas são as grandes vilãs das piscinas, pois agravam problemas alérgicos e respiratórios, causam ardência nos olhos, ressecamento na pele e nos cabelos, descamação do esmalte das unhas, além de deixar cheiro desagradável na água e no corpo.






Além de não causar os desconfortos ocasionados pelas cloraminas, o Ozônio reduz os casos de otite (inflamação dos ouvidos).
Nota-se que a maior vantagem da ozonização, em relação aos outros tratamentos, se deve ao fato dela atender às duas principais necessidades de purificação da água:






1) oxidação da matéria orgânica (que não é possível na radiação ultravioleta e ionização) e a capacidade de






2) desinfecção da água (parcial nos outros sistemas).






Em piscinas com Ozônio, também é necessária a manutenção do cloro residual livre (de acordo com as normas da Vigilância Sanitária), porém a piscina ficará sem cloraminas, conforme exposto acima.
As principais diferenças entre os tratamentos de ozonização, ultravioleta, e ionização
Tratamentos complementares ao Cloro


  • Contaminantes eliminados pelo tratamento Oxidação

  • Desinfecção microbiológica


  • Transpiração/ urina
    Secreções
    Cremes/ Cosméticos
    Vírus
  • Bactérias
    Parasitas e oocistos

Segundo Ricardo Pacheco, foram analisados os equipamentos tipicamente comercializados no mercado brasileiro para tratamento em piscinas. Estes não conseguem inativar muitos parasitas, oocistos e protozoários nocivos à saúde (por exemplo: Giardia e Cryptosporidium) e não fazem processos oxidativos.
Alguns fabricantes de equipamentos no mercado brasileiro, tanto de equipamentos de Ozônio como de ultravioleta, pregam a alta redução ou até mesmo a eliminação do Cloro.



Quando isto é feito, tem-se a impressão de ter reduzido as cloraminas mas, na verdade, a diminuição do cheiro de Cloro acontece simplesmente por estar se usando menos Cloro, abaixo do residual livre mínimo estabelecido pela lei, tornando a água vulnerável a contaminações.

Esta informação é perigosa e irresponsável, visto que coloca em risco a saúde dos banhistas.
Esses três tipos de tratamento são dependentes da quantidade de água que passa pelo sistema de bombeamento e filtração, ou seja, todos tratam a água fora da piscina, na casa de ombas. Desta forma, como os mesmos não têm efeito residual na água, é necessário manter-se o residual de cloro, bromo ou outro oxidante.

Em outras palavras, quando a água volta para a piscina, é preciso continuar existindo um desinfetante para que a água fique protegida das contaminações adicionadas pelos banhistas, até que ela volte a passar pelo tratamento na casa de bombas.
Conclui-se, portanto, que os fatores primordiais a serem considerados no tratamento das piscinas estão relacionados à escolha do sistema mais eficaz, além de sua correta utilização, que garantirá segurança ao processo de desinfecção da água e, conseqüentemente, ajudará a garantir a saúde de quem estiver na piscina.
* Ricardo Pacheco é engenheiro, mestrando pela Unicamp, e diretor de engenharia da Panozon Ambiental S/A (www.panozon.com.br), empresa nacional especializada em sistemas de tratamento de águas e efluentes com tecnologia à base de Ozônio.
Referências Bibliográficas
1. Química Del Agua En Piscina y Spa - Taylor 2. Piscinas Litro a Litro - Nilson Maierá
3. Ozone Treatment of Waters for Swimming Pools - Rip G Rice, Ph.D 4. Alternative Disinfectants and Oxidants - EPA - Environmental Protection Agency (USA)
Este documento é de caráter técnico informativo. Todos os direitos reservados. A reprodução deste texto só é permitida de forma integral, com citação da fonte. Não é permitida a reprodução parcial.
Panozon Ambiental S/A, empresa nacional especializada em sistemas de tratamento de águas e efluentes com tecnologia à base de Ozônio, estará expondo na 7ª IHRSA/FITNESS BRASIL.
Fonte:Carvalho Comunicações 2/8/2006
GABRIELA CUPANI da Folha de S.Paulo

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

NATAÇÃO APÓS A GESTAÇÃO

Quanto tempo após a gravidez é necessário para retomar suas atividades "esportivas " habituais?
A nadadora francesa Laure Manaudou estuda retornar às piscinas e treina com técnico de Cielo na universidade de Auburn.
Musa das piscinas, a francesa Laure Manaudou anunciou há cerca de um ano sua aposentadoria das competições oficiais.
A vontade de disputar novas provas, no entanto, parece ter reaparecido, e a nadadora de apenas 24 anos já iniciou até os treinos para retornar, usando os conselhos de Brett Hawke, técnico de Cesar Cielo.
Segundo o diretor técnico da federação francesa de natação, Christian Donzé, Manaudou tem mostrado melhoras para encontrar seu nível antigo. Ela se tornou mãe no mês de abril, fruto de seu relacionamento com o também nadador Fred Bousquet.
“Laure Manaudou vai bem. É preciso provar mais e mais, e ela começou a amadurecer. Ela avança semana a semana”, afirmou o técnico à DTN, na apresentação da nova equipe francesa, para a temporada 2010/2011.
Depois de parar em setembro de 2009, a francesa retornou e já enviou à Fina uma carta de intenções, mostrando a intenção de competir novamente. “Devemos dar tempo para sua preparação e fazer uma avaliação após três meses de trabalho, em dezembro", analisou Donzé.
Manaudou se juntou em outubro à equipe da universidade de Auburn, nos Estados Unidos, onde treinam Cesar Cielo e o marido Bousquet, sob o comando de Brett Hawke.
Segundo o regulamento da Fina, um atleta só pode voltar de aposentadoria nove meses após comunicar sua intenção. Donzé afirmou que Manaudou terá de se mostrar ainda mais veloz que no passado, devido à forte competição por vagas na seleção.

Laure Manaudou foi campeã olímpica em Atenas-2004, nos 400 m livre. Ela soma também três ouros em mundiais, mas ficou conhecida não só pelo talento na natação, mas pela beleza e pela ocasião em que fotos expondo seu corpo nu vazaram na internet.
Ter um filho é uma grande feito, e amamentá-lo também --ambos deixam sua marca no corpo da mãe.

Depois que o bebê nasce, os músculos abdominais ficam esticados, fica difícil perder peso e os peitos podem cair ou perder a firmeza.

 


Dados da Associação Americana de Cirurgiões Plásticos mostram que a procura por esses pacotes --que costumam incluir lipoaspiração, plástica no abdômen e levantada nos seios-- cresceu 11% de 2005 para 2006, cinco vezes mais do que os procedimentos de cirurgia plástica estética em geral no mesmo período.
É uma jogada de marketing violenta com a qual temos que ter cautela.

A maior parte das mulheres que engravida volta ao corpo de antes naturalmente.

As indicações de cirurgia têm que ser feitas com muito cuidado, os procedimentos devem ser feitos, no mínimo, seis meses após o parto.

É preciso esperar o corpo voltar ao normal e o peso e os hormônios se estabilizarem."
Após a Gestação:

  • Peso extra (nem sempre há um ganho tão significativo para a nadadora porém é inevitável devido as alterações corporais sofridas)
  • Pressão (Se em qualquer fase da vida as mulheres sofrem pressão para se manterem magras, não é no pós-parto que escapam da cobrança. )tempo e paciência.

  • Exercicíos (Para facilitar para a natureza, ele recomenda exercícios --em sua opinião, alguns podem ser feitos já no dia seguinte ao parto. "Não tem essa história de ficar dias e dias parada. É só ir devagar, fazer pequenos exercícios para os pés, o períneo, as coxas. Não estou falando de suar na academia, puxar ferro.
  • Para atividades intensas, é preciso esperar ao menos 40 dias." )

     
    Em um trabalho finalizado por Lacerda em 2006, em que acompanhou 480 mulheres no pós-parto, aquelas que amamentaram perderam peso mais rapidamente do que as demais. O estudo mostrou ainda fatores que dificultam a perda de peso depois da gravidez: entre eles, estão o peso ganho na gestação (quanto mais, pior), a idade (quanto mais velha a mulher, mais difícil).
  • fonte:


    psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora dos livros "Psicologia da Gravidez" e "Nós Estamos Grávidos" (ed. Saraiva).
    Elisa de Aquino Lacerda, professora de nutrição materno-infantil da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u344386.shtml

    terça-feira, 23 de novembro de 2010

    Frio expõe os nadadores a problemas musculares e respiratórios

    As baixas temperaturas precisam ser vistas com cuidado se você pula na piscina

    A chegada do frio é sempre recebida com cautela pelos atletas em virtude das alterações fisiológicas que o corpo sofre com as baixas temperaturas.
     Nessa época, a atenção com relação à prevenção de lesões aumenta, principalmente entre os nadadores, que costumam sentir mais a mudança do clima por causa do freqüente contato com a água.
    As maiores preocupações nesse período ficam por conta das lesões musculares e dos problemas nas vias respiratórias.
    Os efeitos do frio sobre o organismo seguem basicamente os princípios da física, ou seja, as moléculas tendem a se contrair à medida que a temperatura cai.
    O mesmo acontece com os músculos do corpo, o que conseqüentemente interfere nos movimentos do atleta.
    Por causa do frio e da dificuldade de adaptação do organismo ao clima, o músculo se contrai e assim compromete o gesto esportivo, o que favorece as lesões .
     O motivo é que a execução de um movimento envolve um grupo de músculos que trabalham em sintonia. Enquanto uns se contraem, outros (os respectivos opostos) relaxam para viabilizar o movimento.
    A lesão acontece pelo fato de o músculo que deveria estar relaxado, enquanto o outro está contraído para executar o trabalho, também se contrair em virtude da baixa temperatura.
    O resultado, dependendo do nível da lesão, pode ser uma contratura, um estiramento ou até uma distensão.
    No caso da contratura, a mais leve das três, o que ocorre é a contração não controlada (espasmo) de um pequeno grupo de fibras musculares.
    Já o estiramento, que é considerado uma distensão de primeiro grau, compreende o rompimento de uma quantidade muito pequena de fibras.
    Com maior gravidade, a distensão é caracterizada quando o rompimento das fibras é parcial (segundo grau) ou total (terceiro grau, quando o músculo se parte ao meio).
    As lesões musculares mais freqüentes dentre os nadadores ocorrem nas costas, tanto na região lombar quanto na dorsal.
    Os nados crawl e costas são os mais propensos a essas contusões, dado o tipo de movimento que o nadador executa na piscina em ambos estilos, caracterizado pela rotação do tronco.
    Há também casos de contusões nas pernas, mais comuns em atletas que nadam o estilo peito, modalidade que demanda um forte trabalho dos membros inferiores.
    Os músculos adutores (virilha) e posteriores da coxa são os mais afetados.
    O ombro é outra parte do corpo muito acometida por lesões, com maior incidência nos praticantes do nado borboleta. 60% a 70% dos nadadores tiveram ou terão alguma lesão no ombro , quanto mais baixa a temperatura, maiores as chances de contusão.
    O aumento no gasto de energia (glicogênio) em virtude da baixa temperatura é outro fator que favorece o aparecimento de lesões.

    Isso porque, com o frio, o corpo acaba utilizando o glicogênio que abastece o músculo para manter a temperatura interna, reduzindo o combustível destinado ao esforço físico.
    Isso facilita a fadiga do músculo e por conseqüência pode desencadear uma lesão ,  ressaltando ainda o perigo de uma queda na temperatura corporal, o que pode levar a um quadro de hipotermia quando a mesma atinge menos de 35 graus (o normal do corpo é 36,5 graus).
    Nesse quadro há uma diminuição do impulso nervoso nas células, o que também interfere no movimento muscular.
    Outra alteração provocada pela queda de temperatura do organismo é a vasoconstricção, que é o processo contrário da vasodilatação, ou seja, a contração das artérias.
    Essa contração diminui a circulação sanguínea e conseqüentemente a irrigação dos músculos, o que também causa a fadiga dos mesmos e aumenta o risco de uma contusão.
    Há inclusive diminuição na irrigação dos órgãos, o que, dependendo da gravidade do quadro, pode levar o atleta a ter um colapso e até morrer .

    Mas não só os músculos sofrem com o frio.
    O sistema respiratório também é bastante prejudicado.
    A entrada do ar frio nos pulmões faz com que os brônquios se contraiam, o que resulta na chamada broncoconstricção (ou broncoespasmo), que ocorre de forma mais aguda e freqüente nos nadadores asmáticos ou portadores de bronquite ou rinite.
    A broncoconstricção reduz a capacidade pulmonar e provoca falta de ar no atleta (com conseqüente diminuição da performance), obrigando-o a respirar mais vezes.
    Isso faz com que ele tenha um maior contato com vírus e bactérias, aumentando sua vulnerabilidade em relação a alguma infecção, haja vista que no frio há uma diminuição dos organismos de defesa do corpo.
    A tendência no frio é elevarem a temperatura da piscina (que segundo a Federação Internacional de Natação deve ser mantida entre 25 e 28 graus) e, quanto maior a temperatura, maior a proliferação de fungos e bactérias.
    Isso facilita uma infecção viral ,  ainda que a vulnerabilidade do atleta é maior após o treino ou a competição, porque ele está com a resistência imunológica mais baixa devido ao intenso esforço físico.
    Essas infecções podem atingir as vias aéreas superiores (nariz e boca), olhos e ouvidos.
     A conseqüência é um quadro de virose, ocasionado por uma faringite, rinite, sinusite ou traqueíte, normalmente acompanhado de febre, o que obrigará o atleta a interromper a atividade por algum tempo , salienta o médico.
    Os olhos podem ser acometidos por uma conjuntivite e os ouvidos por uma otite, inflamações com maior incidência no frio.
    Outro perigo é o vapor do cloro em virtude da piscina aquecida, que acaba sendo inalado pelos nadadores.
     O risco é uma irritação ou inflamação nas vias nasais, também conhecida como rinite química.
    Como evitar os problemasÉ preciso estar atento à temperatura da piscina, que não pode estar muito baixa, pois a água fria favorece lesões musculares, nem muito quente, porque pode comprometer a performance do atleta relaxando excessivamente a musculatura.
    O ideal é que ela fique entre 25 e 30 graus.
    Para os atletas de águas abertas, aconselha-se o uso de roupas de borracha (próprias para o nado) para manter a temperatura do corpo, além de atenção com o aquecimento e alimentação.
    O aquecimento deve ser feito não só dentro, mas também fora da água, neste caso com um agasalho adequado para inibir o impacto do frio.
    Ele deve ser precedido de um alongamento de todo o grupo muscular.
     Para isso, é necessário atenção quanto ao horário das competições para que haja tempo hábil ao aquecimento e alongamento.
    No caso de atraso da prova, é importante manter o corpo aquecido até ela começar.
    Como vimos a pouco tempo situações extremas de temperatura podem levar a grandes prejuízos (A morte de Francis Crippen durante a última etapa da Copa do Mundo de maratona aquática  nos Emirados Árabes cuja temperatura chegou a 35 graus.)
    A ingestão de bebidas quentes, como café, chá ou leite com chocolate, antes ou depois das provas ou treinos, também é aconselhada para ajudar a manter a temperatura do corpo.
    No caso do leite com chocolate, é preciso levar em consideração o tempo necessário para digestão antes da prova.
    Após a prova, ele é um excelente repositor de carboidratos e proteínas.
    Já o café é indicado antes da prova, por ser um estimulante natural, não considerado doping.
    A alimentação também é muito importante nessa época, pois há um maior de gasto energia.
    O indicado é aumentar a quantidade de carboidratos na dieta, de acordo com a necessidade de cada atleta. O carboidrato é a principal fonte de glicogênio muscular, que fornece energia para o esforço físico e para manter o corpo aquecido.
    A hidratação também é outro aspecto importante, pois o atleta acaba se desidratando mais rápido em virtude da necessidade de respirar mais vezes.
    A dica para evitar o contágio de alguma virose após o treino ou prova é procurar não ficar em aglomerações, pois a resistência menor deixa o atleta vulnerável a qualquer infecção pelo ar nessa época.
    Os problemas com o ouvido podem ser evitados com a utilização de um protetor de borracha porosa ou silicone durante o nado.
    Para proteger os olhos são indicados os tradicionais óculos de natação.
    Após sair da piscina ou do mar, deve-se lavar bem os olhos e ouvidos no banho.
    O soro fisiológico (0,9%) é muito utilizado para diminuir a irritação do cloro nas vias nasais.
    A vias devem ser lavadas com o soro por meio de conta gotas ou spray.
    Para aqueles atletas que já sofrem de problemas como asma, rinite ou bronquite, o conselho é manter os medicamentos para evitar crises e seguir a rotina de recomendações do especialista.

    Principais problemas
    Contusões muscularesSoluções:
    • Aquecer e alongar os grupos musculares do corpo antes dos treinos ou competições
    Principais problemas
    Vias respiratórias Soluções:
    • Evitar piscinas demasiado quentes
    • e aglomerações após intenso esforço físico
     Principais problemas
    Perda de glicogênioSoluções:
    • Aumentar a quantidade de carboitdratos na dieta
    Principais problemas
     Rinite Química Soluções:
    • Lavar as vias nasais com soro fisiológico após contato com o cloro
    Principais problemas
     Hipotermia Soluções:
    • Ingerir bebidas quentes
    • e usar roupa de borracha em águas de baixa temperatura
    Principais problemas
     Conjuntivite Soluções:
    • Usar óculos para natação
    Principais problemas
     OtiteSoluções:
    • Utilizar protetor de ouvido durante o nado
    Nem todos os problemas tem solução, porém pequenas ações podem minimiza-los.
    E agora você não tem motivos para    não  nadar.

    quinta-feira, 18 de novembro de 2010

    Doping cada Vez mas Cedo.


    Ao ler um artigo fiquei muito assustada, tratava-se de nadadoras alemãs uma de 13 e uma saltadora de 14 anos pegas no antidoping.
    Uma nadadora com 13 anos acusou o uso  clembuterol, a mesma substância que foi detectada em uma especialista em salto ornamental com apenas 14 anos recusou-se realizar o exame ou contra prova.



    A Federação Alemã de Natação suspendeu por um ano uma nadadora de 13 anos devido a um controle de doping positivo, registrado a 9 de Maio nos campeonatos desta faixa etária realizados em Nordrhein-Westfalen. 
    Os pais alegam que o resultados das análises se deve ao uso de um xarope para a tosse, mas a nadadora foi punida.
    "A mãe diz que está a lutar pela filha e que, para já, organizou treino privado para a ela", afirmou  Anselm Oehlschlägel, responsável antidoping da federação, à agência noticiosa  Sport Informations Dienst, citada pelo site VeloNation.
    Clembuterol é uma substância com poder anabolizante, a mesma que foi detectada num controlo realizado a Alberto Contador durante a Volta à França em bicicleta e que poderá valer ao espanhol a  desclassificação, perdendo o título de vencedor da prova, e uma suspensão.
    Ainda de acordo com o VeloNation, foi também punida outra jovem mergulhadora alemã de 14 anos, foi suspensa por dois anos por se ter recusado submeter a um controle, a 9 de Dezembro do ano passado.



    Mas será que são os exemplos, será que os riscos dimiminuíram? 
    O nadador francês Frédérick Bousquet, campeão europeu em 2010 dos 50 metros estilo livre, recebeu uma suspensão de dois meses após ter testado positivo em um controle antidoping por heptaminol, um estimulante, realizado no mês de junho.
    "Há oito anos estou me curando de um problema com um medicamento que não contém esta substância proibida (...), mas justamente antes de uma competição tive uma crise e fui a uma farmácia de Canet que conheço muito bem", explicou Bousquet ao jornal esportivo francês.
    "Me deram este produto, que pode ser comprado sem receita (...), e o tomei sem ler a bula", acrescentou.
    O nadador, que no dia 13 de junho foi selecionado para fazer o exame durante um torneio disputado em Canet-en-Roussillon, sul da França, disse à emissora de rádio Europe 1 que tomou o medicamento para curar hemorróidas.
    A suspensão, válida apenas na França, começou a contar em 20 de setembro 2010. Assim, Bousquet estará liberado para disputar os Campeonatos da França, no começo de dezembro.
    O nadador francês, de 29 anos, treina atualmente em Auburn, nos Estados Unidos.