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domingo, 24 de julho de 2011

Xangai 2011

Atual detentor do título mundial nos 50 m e 100 m livre, Cesar Cielo já tem que conviver com o fato de ser o "alvo" em uma nova prova: os 50 m borboleta.
Neste domingo,24/7/11,  o brasileiro avançou à final do evento no Mundial de Xangai com o melhor tempo (23s19); além disso, é dono da melhor marca do ano, conseguida em junho, em Paris (22s98).
 Mesmo assim, não se considera favorito na prova em que não é "especialista".
"Não (sou favorito), nos 50 não tem como prever", disse o velocista após a classificação à decisão.
 "Amanhã (segunda-feira) 25/7/11,  é prova de qualquer um, está todo mundo tão perto, 20 centésimos do primeiro ao oitavo.
E tem atletas que gostam de nadar nas posições em que caíram, como o Fred (Bousquet) na raia 8. Quem acertar a prova vai levar, e espero que eu acerte".
Cielo afirmou também que tem como objetivo bater o tempo alcançado em junho para ficar com a medalha de ouro dos 50 m borboleta, mas não possui uma marca específica em mente. Para o nadador, só depois do término da prova será o momento de se preocupar com os números.
A final dos 50 m borboleta é a chance do segundo ouro para o Brasil no Mundial
A estreia de Michael Phelps no Mundial de Xangai não resultou em ouro.


Com o astro abrindo o revezamento 4x100 m livre, os Estados Unidos ficaram com a medalha de bronze neste domingo, primeiro dia de competições de natação na China.
O ouro foi da surpreendente Austrália, seguida de perto pela França - Alain Bernard, fora da piscina, chegou a comemorar a vitória, para só depois perceber que os australianos haviam chegado na frente.
O resultado foi encarado como decepção por americanos e franceses, vistos como os favoritos para ficar com o primeiro lugar.
 Durante a cerimônia de premiação, foi nítido o desconforto das equipes, enquanto os australianos recebiam sorridentes as medalhas de ouro após o tempo de 3min11s00.
Phelps abriu o revezamento para os Estados Unidos, mas não entregou na primeira posição - ele foi batido pelo australiano James Magnussen, que fez 47s49 contra 48s08 da estrela americana.
Alain Bernard virou logo atrás, com 48s75.
Mesmo com tempos baixos de Jason Lezak e Nathan Adrian nos 200 m finais, os americanos - que não contaram com Ryan Lochte - não conseguiram tirar a diferença e ainda foram superados pelos franceses no final. Fabien Gilot, que vive grande fase nos 100 m livre, fez a melhor parcial da prova, com 47s22. Porém, não foi o bastante para alcançar a Austrália, que fechou muito bem com Eamon Sullivan (47s72).
O campeão olimpíco o sul coreano Park Tae-hwan,   venceu os 400m livres com 3: 42.04 , em segundo bateu o chinês Sun Yang  com 3:43.24, em terceiro o campeão do mundial de 2009 o alemão Paul Biedermann com bronze.
 
    No Feminino não faltaram emoções, a começar pelo primeiro  ouro que veio com as braçadas de Ana Marcela Cunha, campeã dos 25 km na maratona aquática.

    Alta Temperatura influenciou a prova?

    Como previsto muitos nadadores sofreram com a alta temperatura da água e passaram mal durante a maratona aquática dos 25 km masculina, realizada neste sábado, na praia artificial de Jinshan, a cerca de 1h30 de viagem do centro de Xangai.
    Com a temperatura da água chegando aos 31ºC, estipulados como limite máximo pela Fina (Federação Internacional de Natação), os atletas tiveram dificuldades para terminar a prova.
    Edoardo Stochino foi resgatado de barco


    O italiano Edoardo Stochino teve que ser socorrido pelos médicos da organização do Mundial
    Houve outros caso como do  francês Bertrand Venturi também sofreu com a alta temperatura da água e foi socorrido pelos médicos.
    Alguns nadadores  haviam anteriormente questionado a alta temperatura, mesmo antecipando o início da prova a variação de temperatura sem dúvida influenciou boa parte dos resultados.

    sábado, 23 de julho de 2011

    As Águas de Xangai em Chamas - 32graus

    Foi dada a largada para o Mundial de Xangai, China




    Brasileiros decepcionam nos 10km da maratona aquática
    De Bona termina em 45ª lugar e Allan do Carmo, em 50º.
     Prova foi vencida pelo grego Spyros Gianniotis

    Os nadadores brasileiros não foram bem nos 10km da maratona aquática do Mundial que está sendo disputado em Xangai, na China.
     Em prova disputada na manhã desta quarta-feira, 21/07/11, Samuel de Bona e Allan do Carmo terminaram na 45ª e 50ª colocações, respectivamente, muito distantes, portanto, de classificação para os Jogos Olímpicos de Londres em 2012 (somente os dez primeiros garantiram vagas).

    A medalha de ouro foi do grego Spyros Gianniotis, com o tempo de 1h54m24s, somente três segundos à frente de Thomas Lurz-ALE, que perdeu a chance do bi e ficou com a prata.
     Em terceiro lugar chegou o russo Sergey Bolshakov, com o tempo de 1h54m31s.

    Vencedor da Travessia dos Fortes em abril, De Bona completou o percurso em Xangai com o tempo de 2h02m17s, enquanto Allan fechou a prova em 2h05m42s.


    Os resultados no masculino contrastam com os obtidos pelas meninas.
    Na manhã de terça-feira, Poliana Okimoto terminou em 6º e carimbou passaporte para Londres.
    Já Ana Marcela Cunha ficou em 11º, e por muito pouco também não se garante no mais importante evento esportivo.

    Ana Marcela Cunha, de 19 anos, precisou se superar no Mundial de Xangai.

    Na manhã de sábado (23) ela venceu os 32 graus da água da praia de Jinshang para se tornar a primeira mulher brasileira a subir no lugar mais alto do pódio em toda a história do Mundial dos Esportes Aquáticos, depois de ter perdido a chance de classificação para os Jogos Olímpicos de Londres-2012 durante a semana por uma posição.

    Na ocasião, ela terminou a prova de Maratonas Aquáticas dos 10km na 11colocação (a compatriota Poliana Okimoto ficou no sexto lugar).
    Se tivesse terminado uma posição acima, teria garantido a vaga em Londres-2012 automaticamente.
     Ainda lamentando o resultado, ela não deixou de comemorar a marca inédita na história do esporte brasileiro.
    'Tenho consciência de que eu fiz tudo o que podia e o resultado está aí.
    Eu vim pra representar o país da melhor maneira possível.
     Estou muito feliz, o corpo dói, mas a gente até esquece a dor depois de um resultado desses.
     Fui do inferno ao céu.
    Quando perdi a vaga a Olimpíada foi horrível, parecia que as horas não passavam, mas tem uma música que eu gosto muito que diz que 'a vida me ensinou a nunca desistir'.
     Valeu a pena', disse.
    Ricardo Prado, Cesar Cielo e Ana Marcela Cunha são os três únicos atletas do país com o ouro no maior Mundial da Federação Internacional de Natação (Fina).
    O Brasil soma nove medalhas na história da competição (quatro ouros).
    As maratonas aquáticas, no entanto, trazem bons frutos para as atletas brasileiras.
     No Mundial de 2009, Poliana Okimoto ganhou o bronze na prova de cinco quilômetros e foi a primeira mulher do país a ganhar uma medalha na competição.
    Nos 25 quilômetros de Xangai, Ana demorou 5h29m22s9 para vencer, seguida da alemã Angela Maurer (5h29m25s), a campeã da prova em Roma, e pela italiana Alice Franco (5h29m30s8).
    Como participou de todas as provas, Ana nadou ao todo 40 quilômetros na China.
    'Acordei nervosa. Parecia que nunca tinha nadado uma maratona!
     Pensei: no que foi que me meti? Nadar 25 quilômetros, nesse calor', relembrou a atleta, que mudou de opinião logo ao cair na água.
    'Quando comecei achei o ritmo lento e pensei 'tá pra mim'! mais ou menos nos 20 quilômetros bateu um desespero.
    Parecia que não ia acabar nunca.
     Eu e a Ângela chegamos a abrir uma boa distância da terceira. A Ângela ainda tentou me passar umas duas vezes, mas dessa vez não deu pra ela', contou.
    Ana Marcela, baiana de 19 anos, foi escolhida a melhor maratonista aquática do planeta pela Fina em 2010, ano em que se sagrou a mais jovem campeã da história do Circuito da Copa do Mundo.
    A jovem de 1,64m e 70 quilos mostrou que ia dar trabalho neste esporte quando foi vice-campeã da Travessia dos Fortes de 2005, com apenas 13 anos.
    O Ouro de Ana Marcela pôs o Brasil em sexto no quadro geral de medalhas, empatado com Grã-Bretanha, Bulgária e Suíça, e na frente de Austrália, Espanha, Canadá e Itália.
    A natação, maior esperança brasileira de mais pódios, ainda está por começar (na noite deste sábado, no horário de Brasília).
    A prova masculina foi vencida pelo búlgaro Petar Stoychev (5h10m39s8), seguido pelo russo Vladmir Dyatchin (5h11min15s6) e pelo húngaro Casaba Gercsak (5h18m11s1).
     Allan do Carmo foi o sexto colocado (5h11min32s2) e Samuel de Bona, o 16(5h27m38s).
     GLOBOESPORTE.COM
    FINA

    quinta-feira, 21 de julho de 2011

    Jogos Mundiais Militares- Pentatlo Naval

    Com 'braçadas de dragão' e piercing no dente, brasileira rouba a cena


    Carioca Simone Lima deixa o Brasil em primeiro no pentatlo naval dos Jogos Mundiais Militares após a natação. Atleta alemão bate recorde mundial

    Ao sair da água, Simone Lima chamava a atenção na piscina do Cefan.
    Não apenas pela grande tatuagem nas costas.
    O desempenho da carioca de 29 anos superou todas as expectativas na terça-feira e levou o Brasil à liderança no invidual feminino e por equipes na disputa do pentatlo naval nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro.
    Depois de ficar em segundo na natação de salvamento, Simone foi a vencedora da prova de natação utilitária, assumindo o posto de número 1, com 3.776 pontos após três provas.




    A ex-líder Caroline Buunk, da Noruegua, que venceu no primeiro dia a pista de obstáculos, agora ocupa a segunda posição, com 3.738. Ainda faltam as provas de habilidades navais e cross country anfíbio.


    Com a tatugem de um dragão, Simone Lima brilha no pentatlo naval (Foto: André Durão / Globoesporte.com)- Hoje deu tudo certo.
    Consegui ir bem na minha especialidade que é a natação.
    No prova de salvamento até poderia ter ido melhor, mas nadei acima do meu tempo porque a água estava muito fria.
    Mas tô na disputa e quero trazer a medalha de ouro para o Brasil - comemorou Simone.




    Ex-nadadora do Fluminense, a bicampeã brasileira dos 200m e 400m medley (2000 e 2001) tem um estilo um pouco diferente do padrão militar.
    Além da tatuagem de dragão, ela usa um piercing dental.
    - Acho que fica legal. O dragão tem muito a ver comigo. É guerreiro, lutador e traz boas energias e harmonia também - explicou.





    As competições de natação do pentatlo naval também fogem um pouco ao padrão.
    Na prova de salvamento, os atletas nadam 50m, regatam um boneco de 60 kg, para depois carregá-lo por mais 25 metros (confira no vídeo ao lado).
    No caso dos homens, a prova é feita de roupa, que eles têm de trocar debaixo d’água antes de pegar o boneco.
    Já na natação utilitária, os homens nadam 125m e as mulheres, 100m, tendo que ultrapassar obstáculos dentro da piscina.

    - As provas tentam simular um ambiente de combate. Você tem que fazer tudo muito rápido, porque sabe que do seu lado estão os militares mais bem preparados do mundo - disse o alemão Joerg Porschhoefer, que bateu nesta terça-feira o recorde mundial da prova de salvamento, com o tempo de 52s31.



    A equipe brasileira, formada por Simone, Jéssica Lessa (10ª) e Manuella Correa (4ª), lidera o pentatlo naval feminino com 7.459 pontos.
    A Suécia está em segundo entre as oito seleções, com 7.404, e a Noruega, em terceiro, com 7.384.

     
    Já no masculino, o alemão Mathias Wesemann segue na ponta, com 3.767 pontos, seguido por Joerg, com 3.761. Max Santos (7º), Carlos Lourenço (10º), Alex Santana (13º), Dilvan Tribuno (15º) e Vinícius Moraes (23º) não tiveram um dia muito bom e saíram da zona de pódio no individual.
    Entre as 11 equipes do masculino, o Brasil está em terceiro, com 14.625 pontos, atrás de Polônia (14.873) e Alemanha (14.753).


    As disputas do pentatlo naval seguem nesta quarta-feira com as provas de habilidades navais, a partir das 9h.

    Por Breno Dines

     
    Mas Afinal oque é?
    O Pentatlo Naval é uma competição individual e por equipes para competidores homens e mulheres.
     A modalidade é constituída por cinco eventos: Pista de Obstáculos, Natação de Salvamento, Natação Utilitária, Habilidade Naval e Cross Country Anfíbio.


    Foi inventado em 1949, quando integrantes do setor de esportes da Marinha Italiana, preocupados com a aptidão física de seus marinheiros, sentiram a necessidade de um cuidado maior com as tripulações embarcadas.
    A partir daí, foi estabelecido o programa de treinamento. Em 1951, conseguiram reunir em uma competição as cinco provas de técnica naval.
    Seu orientador, o Capitão Giuseppe Vocaturo, propôs ao CISM que a adotasse, já que, a esta altura, já existiam o Pentatlo Militar e o Aeronáutico.

    A primeira competição de Pentatlo Naval foi realizada em 1958, em Atenas.
    O Brasil é tricampeão Mundial de Pentatlo Naval, em 1967, 1972 e 1986.

    CAS mantém advertência, e Cielo está liberado para o Mundial

    Tribunal entendeu que atleta não teve culpa em caso de doping.
    Nicholas Santos e Henrique Barbosa receberam a mesma sentença

    Cesar Cielo escapou de uma punição mais dura no caso de doping por furosemida


    Cesar Cielo escapou da CAS (Corte Arbitral do Esporte) e está liberado para competir no Mundial de Xangai. Atual campeão nos 50m e 100m livre, o nadador teve sua advertência pelo uso da substância furosemida mantida e poderá defender suas conquistas.
    O Tribunal entendeu que o atleta não foi culpado nem negligente no caso de doping.
    Nicholas Santos e Henrique Barbosa receberam a mesma sentença.
    Vinícius Waked foi suspenso por um ano por ser reincidente.
    O resultado pode ser considerado um divisor de água em audiências de doping.
    Até então, todos os atletas flagrados por furosemida haviam recebido pena maiores.
    O exemplo mais recente é o da também nadadora Daynara de Paula.
    Julgada pela Fina (Federação Internacional de Natação) em agosto do ano passado em caso muito semelhante ao atual, ela foi suspensa por seis meses e perdeu o direito de ir às Olimpíadas 2012, em Londres.
     Para Cielo, porém, pesou o fato de se tratar de um campeão olímpico e mundial.


    O veredicto favorável marca ainda mais uma expressiva vitória na carreira do advogado Howard Jacobs.
    O norte-americano é um dos maiores especialistas em doping no mundo e em seu currículo constam clientes como Marion Jones, Tim Montgomery e Jessica Hardy.
    Já em Xangai para a disputa do Mundial, Cielo volta às piscinas no próximo dia 24, primeiro dia do torneio e data da eliminatória dos 50m borboleta.
    Além desta prova, ele irá nadar os 50m e 100m livre, além do revezamento 4x100m livre e 4x100 medley.

    Após tantos casos de doping na natação brasileira a imagem do esporte aquático nacional está desgastada, doping intencional ou não o fato é que os nadadores brasileiros serão vistos apartir de agora com maior atenção.
    O  Prejuízo foi grande, tendo bom ou mal desempenho  no Mundial será  visto com suspeita.

    A nossa torcida é sempre positiva...

    quarta-feira, 20 de julho de 2011

    Resultado sairá no máximo em 48 horas. Brasileiro tem esperança de disputar o Mundial de Xangai 2011

    Depois de quase seis horas, Cielo deixa julgamento do TAS sorrindo

    Foram quase seis horas dentro de uma universidade em Sheshan, a cerca de uma hora - de carro - de Xangai, na China.
    Lá, estava em jogo o futuro de Cesar Cielo e de outros três nadadores brasileiros - Nicholas Santos, Henrique Barbosa e Vinícius Waked - flagrados por doping.
    De terno e gravata, o campeão olímpico e mundial entrou e saiu do local sorrindo, mas sem falar com a imprensa.
    Agora, vai esperar até 48 horas, prazo máximo para que o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) divulgue o resultado do julgamento desta quarta-feira. A maior punição possível por uso do diurético furosemida é de dois anos.


    Cielo espera receber no máximo dois meses de suspensão, o que permitiria a ele disputar o Mundial de Xangai.
    A competição de natação começa no domingo (noite de sábado no Brasil).
    Se a punição for de mais de cinco meses, ficará fora dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro.



    A pior das hipóteses é pegar mais de seis meses de punição.
    Neste caso, a chamada Regra de Osaka o tiraria automaticamente dos próximos Jogos Olímpicos, em Londres-2012.
     A regra do Comitê Olímpico Internacional (COI), no entanto, será julgada pelo mesmo TAS em setembro. O Comitê Olímpico Americano quer derrubá-la.

    Vinícius Waked é reincidente, mas, se o doping for considerado sem intenção, ele não será banido do esporte.
    Em fevereiro de 2010, o nadador foi punido por dois meses por uso de isometepteno - alegou ter ingerido sem conhecimento ao tomar um remédio para dor de cabeça.

    Julgamento dura 40 minutos a mais por grande quantidade de testemunhas


    Cielo e Waked mostram tranquilidade antes de entrarem no julgamento do TAS (Foto: agência AFP)Sheshan fica longe da agitação do Mundial. Além dos quatro nadadores, participaram do julgamento três árbitros e um consultor do TAS, três advogados - um dos atletas, um da Federação Internacional de Natação (Fina) e um da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) - e pelo menos cinco testemunhas: Coaracy Nunes (presidente da CBDA), Alberto Silva (técnico de Cielo), Gustavo Magliocca (médico de Cielo), Sandra Soldan (ex-triatleta e médica da CBDA) e Ricardo de Moura (superintendente técnico de natação da CBDA).

    A previsão era que o julgamento durasse 5h, mas levou cerca de 40 minutos a mais.
    O motivo, segundo o advogado americano Howard Jacobs - que defende os quatro nadadores -, foi a grande quantidade de testemunhas.
    Ele não quis falar sobre a linha de defesa.

    Jacobs tem no currículo mais de 70 casos de atletas flagrados em doping.
    O de Cielo, segundo ele, é mais simples do que muitos em que já atuou.
    Disse, em entrevista ao SporTV, que possui documentos que comprovam a boa fé do brasileiro.

    Entre os casos de Jacobs está o da jogadora de basquete americana Diana Taurasi, bicampeã olímpica.
     Ele provou que um laboratório da Turquia tinha errado o teste, e garantiu à jogadora uma pena menor do que a esperada.
    Em 2009, conseguiu reduzir pela metade a suspensão da nadadora americana Jessica Hardy, que testou positivo para um anabolizante.

    Equipe brasileira de natação na chegada a Sheshan (Foto: Satiro Sodré / AGIF)


    Entenda o caso

    Cesar Cielo e os três nadadores foram flagrados em exames realizados nos dias 7 e 8 de maio, durante o Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro.
    No início de julho, a CBDA divulgou o caso depois de decidir apenas aplicar advertência e anular os resultados deles no campeonato.
    O painel de controle de doping da entidade levou em conta o "histórico dos atletas".
     Eles teriam explicado como o diurético furosemida entrou no organismo e que não houve aumento de desempenho.

    Cielo comprava os suplementos – à base de cafeína – em uma farmácia de manipulação de Santa Bárbara D'Oeste – sua cidade natal. Segundo ele, o produto foi contaminado.
    A CBDA disse que o estabelecimento enviou um relatório avisando sobre uma suposta contaminação das cápsulas por falta de limpeza no balcão onde as pílulas são produzidas.
    O estabelecimento, no entanto, negou ter assumido o erro pelo doping do nadador, mas admitiu a possibilidade de ter acontecido contaminação pelo ar.

    No dia 8 de julho, o TAS recebeu da Federação Internacional de Natação (Fina) um pedido formal de julgamento do caso de doping dos quatro brasileiros com urgência.
    A entidade sugeriu a troca da advertência dada pela CBDA por uma suspensão, a contar a partir de maio, quando os nadadores atestaram adverso para furosemida.

    terça-feira, 19 de julho de 2011

    O PÉ DIABÉTICO x ATIVIDADE AQUÁTICA

    Os problemas que aparecem nas pernas e, particularmente no pé dos diabéticos constituem um constante desafio à ciência e aos  profissionais envolvidos.
    As alterações anatomopatológicas do diabete mellitus são numerosas, acometem o corpo como um todo e de várias formas, principalmente no período avançado da moléstia e na região de transição da perna ao tornozelo e no pé propriamente dito.

    A neuropatia diabética e suas alterações da sensibilidade dos pés têm sido as maiores responsáveis pelo aparecimento destas lesões de difícil tratamento e de prognóstico reservado.

    Normalmente, o diabético só se dá conta da lesão quando esta se encontra em estágio avançado e quase sempre com uma infecção secundária, o que torna o tratamento extremamente difícil, devido à insuficiência circulatória.

    Desaparecimento ou diminuição dos reflexos do tendão, das rótulas e do calcanhar são freqüentes.

    Diminuição na sensibilidade térmica e dolorosa e áreas de anestesia são justificativa às tão freqüentes lesões.

    Na verdade, o grande problema do diabético - devido à sua falta de sensibilidade - é que só se apercebe da seriedade de seu caso, quando sente o mau cheiro exalado pela gangrena diabética.

    O diagnóstico é feito pela história clínica e pelo exame físico da lesão que geralmente é indolor porém extensa e de odor extremamente desagradável devido à necrose úmida que provoca.

    No tratamento do pé diabético, é fundamental encarar sempre esses pacientes como casos graves, pois é imprevisível o potencial evolutivo que encerram as lesões nos diabéticos, particularmente quando se associam à polineuropatia, à vasculopatia e às infecções.

    É necessário :
    • o controle rigoroso da glicemia através da dieta e de insulina ou hipoglicemiantes orais
    •  bem como da limpeza diária e tratamento precoce das lesões - o mais imediato possível.
    A cirurgia arterial direta e a simpatectomia são possibilidades que podem ser utilizadas.

    A prevenção no pé diabético é o capítulo mais importante nesta patologia
    o exame diário dos pés, bem como a proteção dos dedos e maléolos é a maneira mais fácil de evitar o aparecimento das tão desagradáveis e perigosas lesões:

    • é necessário secar bem os pés, cortar cuidadosa e periodicamente as unhas;
    • Ainda com relação aos pés, aos diabéticos que praticam natação ou hidroginástica, é importante enxugar de forma correta o espaço entre os dedos. (A prática inibe o aparecimento de micoses, que podem comprometer seriamente a saúde dos diabéticos. )
    • é preciso evitar a colocação de calor local, tipo bolsas de água quente e proximidade com o fogo;
    • é recomendável fazer um exame diário dos sapatos, evitando pregos ou corpos estranhos soltos no interior deles
    • observe se há azulejos soltos ou rachados que possam ocasionar cortes ou lesões
    Estas são precauções que, na maioria dos casos, evitam o aparecimento da moléstia, que, em geral, leva a amputações.

    Fazer exercícios físicos como a natação contribui para a saúde de diabéticos, obesos, hipertensos e de pessoas que têm colesterol alto, porque auxilia na melhoria dos níveis glicêmicos, lipídicos e reduz a hipertensão arterial.

    Cuidados na prática de atividades físicas:
    • alimentar se a cada três horas. (Se o diabético desenvolve o exercício sem ter se alimentado adequadamente ou depois de ficar longo período sem comer, corre o risco de apresentar queda na taxa glicêmica, o que pode provocar tontura.)
    • cuidado quanto a ingestão de medicamentos. ( a prática de exercícios faz com que o organismo absorva melhor estes remédios).
    • A avaliação cardiológica é outro aspecto que deve ser considerado. (pois existe tendência de o diabético desenvolver, de forma associada, doenças cardiovasculares)
    Como os pés dos diabéticos são sensíveis, merecem cuidados especiais.
    Na prática de atividades terrestres como caminhada, por exemplo, a melhor opção são calçados ortopédicos, que se adaptam aos pés. (Esta medida evita o surgimento de calos e ferimentos, que podem evoluir para uma infecção.)
     Estes problemas, que podem parecer pequenos, podem se transformar em úlceras e até mesmo ocasionar amputações.

    Por isso uma lesão dentro da piscina ao executar uma virada ou  ao apoiar os pés no chão podem gerar um comprometimento maior.
    Pois devido a neuropatia diabética , essa lesão terá um provável tempo de regeneração mais lento.
    Ao notar uma lesão nos  pés o nadador diabético deve suspender temporiamente as atividades afim de investigar sua origem e auxiliar na cicatrização.



    Para não Esquecer:



    Referências



    1.Nora Mercuri,Daniel Assad.La práctica de actividad física en personas con diabetes tipo 2.Diabetes tipo 2 no insulinodependiente:su diagnóstico,control y tratamiento. Sociedad Argentina de Diabetes (SAD),69-80,1998.


    2.American Diabetes Association:Diabetes mellitus and Exercise (position Statement).Diabetes Care,24;(1),jan 2001.


    3.Susan P Helmrich et al.Physical activity and reduced occurrence of non-insulin-dependent diabetes mellitus.New England Journal of Medicine.1991;325(3):147-152.


    4.The Health Professional ’s Guide to Diabetes and Exercice.N Rudeman,JT Devlin (eds).American Diabetes Association. Clinical Education Series,1995.





    sábado, 9 de julho de 2011

    Água Fria? Com que Roupa eu Vou?


    Em alguns lugares o inverno chega com a força total, seja com baixa umidade ou temperaturas desanimadoras.
    Mas nadar no inverno pode ser tão recompensador quanto no verão.
    Além do gasto calórico maior para manter a temperatura do corpo, o trabalho muscular é bastante eficiente.
     

    A FINA (Federação Internacional de Natação Amadora) determina para seus campeonatos que a água da piscina deve estar entre 25 e 27 graus. 
    A temperatura entre 27 e 28 graus parece a ideal para proporcionar o estímulo necessário ao melhor rendimento fisiológico dos nadadores - tanto em treinamentos quanto em competições - além de estimular o nosso mecanismo TERMO-REGULADOR, o que aumenta a capacidade de resistência contra gripes e resfriados.
    Mas se o nadador tem uma sensibilidade maior ao frio oque seria prazer pode torna se tortura.
    Para diminuir esse desconforto muitos nadadores optam por roupas térmicas, desde da tradicional muito utilizada no triathlon e águas abertas de neoprene ou simplesmente uma camisa de surf, podem tornar as pratica da natação no inverno muito mais agradável.

    Mas atenção quanto a espessura, uma roupa com muitos milímetros de espessura atralha os movimentos principalmente na articulação do ombro.
    Existem muitos modelos e materiais , mas a proteção principal em baixa temperatura é no tronco.

    O presidente do Departamento de Alergia e Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Pérsio Roxo, alerta que são necessários alguns cuidados.
    Entre eles, evitar as aulas nos momentos de crises de asma, por exemplo, e também quando a criança tiver apresentado quadro febril nas 24 horas anteriores.
    “Porém, se a criança tiver o quadro sob controle, a natação melhora o condicionamento físico e respiratório”, assegura.

    Oque torna sua Roupa Térmica
    A roupa de mergulho é um equipamento que em sua grande maioria é confeccionado em neoprene, um tipo de borracha com outros materiais, como nylon e strech com a finalidade de dar maior elasticidade e vedação para impedir a entrada e saída de água ou poliuretano usado nos joelhos para dar proteção.
    A principal função da roupa de neoprene é manter a temperatura do corpo ou seja, servir de isolante térmico impedindo o resfriamento do nadador.
     O neoprene possui pequenas bolhas de ar que dão essa capacidade isolante a roupa.
    Em geral as roupas de mergulho possuem de 3 a 8 mm de espessura e devem ser usadas de acordo com o local e a profundidade de mergulho.
    Usando as roupas mais grossas conforme maior a profundidade de mergulho e a temperatura ambiente onde ele será feito.
    Em outros esportes como Surf, Wind surf, Kite surf as roupas são feitas em Strech e a espessura varia de 1,5 a 4,0 mm não sendo muito mais grossas para não atrapalhar a agilidade dos movimentos.

    Existem também roupas com tecidos mistos o SHORTY KLOUPI, muito comum nas academias nos meses de frio.
    São mais leves e flexíveis e apresentam apelos diversificados como infantis e aventura.

    O maiô apresenta algumas partes emborrachadas e strech.

     









    Como o importante é manter a temperatura corporal uma t-shirt de surf também cumpre bem essa função.
    Pois ao estar em contato com a pele promove menor perda calórica durante a termoregulação corporal, apresenta pequena variação na composição do tecido sendo predominante o nylon e suplex.


    Cada indivíduo tem sua tolerância a baixa temperatura,  deixar de praticar uma atividade como a natação por causa da variação de temperatura , não é desculpa no hemisfério norte .
    Não é mera coincidência o fato de que a melhor natação do mundo está nos países do Hemisfério Norte, onde o clima mais frio proporciona melhores condições de treino e de recuperação.

    Por isso, com frio ou sem ... Bons treinos!!!

    domingo, 3 de julho de 2011

    DOPING DE CIELO??

    O caso foi divulgado nesta sexta-feira (1º) pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), que advertiu e eliminou os resultados obtidos pelo atleta no Troféu Maria Lenk, disputado no Rio, em maio.
     Além de Cielo, também foram flagrados, para a mesma droga, Henrique Barbosa, Nicholas Santos e Vinícius Waked.
    Julio Maglione, presidente da Fina, disse por telefone que tudo será resolvido antes do início do Mundial de Esportes Aquáticos de Xangai, na China, que terá início no dia 14.
    - Temos que aplicar o Código Mundial Antidoping da Wada [Agência Mundial Antidoping]. E vamos resolver antes [do Mundial].
    A punição mais longa para um atleta sem suspensões anteriores por doping flagrado para diuréticos como a furosemida é de dois anos.
    Thomaz Mattos de Paiva, especialista em legislação antidoping, afirma que advertência, punição aplicada a Cielo, está prevista na lei.
    - A punição mais branda é a advertência, desde que o atleta comprove que houve contaminação e não teve intenção de se dopar.
    Caso leve a pena máxima, Cielo estaria fora dos Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem, e da Olimpíada do Rio, em 2016.
     Pelas regras do COI (Comitê Olímpico Internacional), um atleta suspenso por mais de seis meses também está fora do ciclo olímpico seguinte.
    Luciano Hostins, advogado que atuou em casos famosos, como o da saltadora Maurren Maggi, em 2003, diz que essa regulamentação foi inserida em 2008, no artigo 45 da Carta Olímpica, que é mais rigoroso do que o Código Mundial Antidoping, e será aplicado pela primeira vez em Londres-2012.

    Principal nome da natação brasileira, Cielo é o recordista mundial dos 50 m e 100 m livre, e também o atual campeão mundial nas duas provas.
    Nos Jogos de Pequim, em 2008, tornou-se o primeiro brasileiro campeão olímpico na natação, ao vencer os 50 m livre. Também conquistou o bronze nos 100 m livre na mesma Olimpíada.

    O diurético furosemida, popularmente conhecido nas farmácias pelo nome comercial Lasix, é utilizado na medicina para o tratamento de doenças renais, cardíacas ou hepáticas.
    No esporte, é usado para perder peso em modalidades como judô e ginástica, ou como agente mascarante, ou seja, para esconder o uso de outras substâncias ilegais, como os esteroides anabólicos.
    Federação Internacional pode suspender atleta, que só foi advertido pela CBDA.

    César Cielo manteve a expressão séria durante sua rápida aparição

    De terno, gravata e óculos.
    Expressão séria. Foi assim que o nadador Cesar Cielo falou, na noite desta sexta-feira, pela primeira vez sobre o exame antidoping .
    Mas quem esperava esclarecimentos sobre a situação teve de se contentar com a leitura do mesmo comunicado divulgado mais cedo, no início da tarde desta sexta-feira.
    A diferença é que, desta vez, o campeão olímpico fez uso de provérbios populares para defender sua inocência.
    “Aprendi três coisas com esse episódio: que quem não deve, não teme. Que a verdade sempre aparece, e a verdade está do nosso lado. E que o que não me derruba me fortalece”, afirmou

    A farmácia Anna Terra, de Santa Bárbara D’Oeste (SP), negou de forma veemente ter confirmado à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) quer as cápsulas de cafeína ingeridas pelo nadador brasileiro Cesar Cielo e mais três atletas flagrados no exame antidoping estavam contaminadas, como chegou a ser divulgado na última sexta-feira.
    Segundo reportagem publicada neste sábado pelo jornal Folha de S.Paulo, a empresa, que não teve o nome divulgado pela CBDA, irá estudar se processa ou não a entidade exigindo a reparação dos danos.

    Autorizado pela proprietária Ana Tereza Cósimo de Souza a falar em nome da famácia, o consultor do ISO 9001 Reginaldo Lante afirmou que “a contaminação cruzada por suspensão de partículas é uma excepcionalidade, mas que não pode ser descartada. Sendo assim, é impossível dizer se houve contaminação”.

    A posição oficial da farmácia contraria o discurso da CBDA, cuja diretora adjunta de doping, Sandra Soldan, havia dito que a empresa tinha assumido o erro. Ela também afirmou que a suposta contaminação havia ocorrido por problemas de higiene – resquícios de furosemida, uma substância proibida presente nos exames, teriam entrado em contato com a cafeína.

    “As manipulações foram feitas em cabines separadas e isoladas. Os tabuleiros sempre são higienizados após o uso. E não usamos um tabuleiro para duas fórmulas no mesmo dia”, assegurou Lante ao jornal.

    Na hora de punir doping, dirigentes da natação são coniventes com astros e rígidos com anônimos

    A Fina (Federação Internacional de Natação) ainda precisa sancionar a branda advertência a Cesar Cielo, Nicholas Santos, Henrique Barbosa e Vinícius Waked por terem sido flagrados no exame antidoping pelo uso do diurético furosemida, mas será uma surpresa caso a entidade mude a decisão da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos).
    O órgão que comanda a natação do Brasil optou por apenas advertir o campeão olímpico e mundial e os outros três atletas. E o motivo pelo qual a Fina não deve mudar essa decisão é simples: ela não costuma punir rigidamente astros da natação mundial.

    Nos últimos anos, outros três nadadores de alto nível foram pegos no antidoping, mas nenhum viu em sua punição um grande terror.
     Um deles é o maior rival do brasileiro nos 50 m livre: o francês Fred Bousquet.
    No ano passado, Bousquet foi flagrado pelo uso de heptaminol, um estimulante proibido. O francês pegou uma branda suspensão simbólica de dois meses e disse que usou um remédio por que tratava hemorróidas.

    - Eu tenho esse problema há oito anos e trato com um remédio que não contém a substância. Mas bem antes da competição [Mare Nostrum de 2010] tive um terrível ataque [de hemorróidas]. Fui a uma farmácia em Canet, a qual eu conhecida muito bem. Eles me deram um medicamento e  ingeri sem ler as instruções.

    Pena pela metade
    A explicação de Bousquet foi o suficiente para a Fina, assim como a da norte-americana Jessica Hardy, campeã mundial do nado peito e ex-recordista dos 100 m peito.
    Ela foi pega pelo uso da substância clenbuterol e deixou voluntariamente os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
    Mais uma vez o assunto doping ganha destaque na mídia, as desculpas são as mais variadas, mas toda situação de uso ilegal envolve muitos nomes e profissionais, ingerir sem ler a  bula não é comum entre nadadores amadores imagine entre profissionais.
    No  final de tudo Doping é Doping pois te ofereceu uma vantagem sobre os demais.