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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A definição da equipe brasileira de natação para a Olimpíada de 2016

1º seletiva olímpica começa a definir a natação brasileira para a Rio 2016

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Quem não conseguir agora só terá mais uma chance, no Troféu Maria Lenk em abril.
Somente estas competições são levadas em conta pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. 
Se um nadador fizer o índice em qualquer outra prova internacional, o resultado não é considerado. Como há um limite de 2 atletas por país, por prova na Olimpíada, não significa que quem estabelecer agora já estará garantido na Olimpíada. 
Por exemplo: em provas como os 50 e 100 livres para homens, vários atletas como
 Cesar Cielo
Mateus Santana
Marcelo Chierighini
 Bruno Fratus
Devem superar os índices; somente após o Maria Lenk, os 2 melhores tempos classificarão para a Olimpíada.
Ao contrário do atletismo que costuma inchar a delegação brasileira, a natação exige índices bem fortes para cada uma das 26 provas individuais. 
Os índices A correspondem ao ao 16º lugar na Olimpíada de Londres 2012
Cesar Cielo-  após ter problemas de contusão no ombro que o impediram de buscar um pódio no mundial deste ano, o campeão olímpico deve disputar as provas de 50 e 100 livres em Santa Catarina. Thiago Pereira está inscrito apenas nos 200 medley, prova que lhe deu a prata no mundial deste ano.
Todos os principais atletas da natação brasileira participarão do Brasileiro e do Open: Bruno Fratus e Etiene Medeiros nos 50 livres
Mateus Santana e Marcelo Chierighini nos 100 livres
 Brandonn Almeida nos 400 medley
 Leonardo de Deus nos 200 borboleta,
 Henrique Rodrigues nos 200 medley
   Felipe Lima nos 100 peito.

E aí gostou? Com esses índices...
Só nos resta Rezar ... 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Classificação Funcional dos Atletas Paraolímpicos ... Chega Surpresas

O Objetivo do Comitê Paralímpico é reduzir ao máximo o impacto de mudanças de classe às vésperas da competição
Vista por muitos como uma fronteira entre a possibilidade de ser protagonista ou coadjuvante no esporte paraolímpico, a classificação funcional é uma ferramenta indispensável para estabelecer um padrão mínimo de igualdade de condições entre os competidores.
 Como existem diversos tipos de deficiência, especialistas estabelecem critérios médicos e técnicos a partir dos quais determinam quem mede forças com quem.
Para evitar surpresas e mudanças no planejamento das delegações pouco antes das disputas dos Jogos Rio 2016, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC na sigla em inglês) pretende estabelecer a categoria de todos antes de 7 de setembro de 2016, data da abertura do evento.
 “A ideia é fazer com que todos os atletas passem pelos processos de classificação nas grandes competições do calendário internacional das 23 modalidades e cheguem ao Rio com status permanente. Cada mudança impacta na questão esportiva, no balizamento e até na viabilidade de uma ou outra prova. Essa é a intenção do IPC, que já funcionou de forma razoável em Londres 2012”, afirmou Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
A iniciativa é importante para evitar que situações como a vivida pelo nadador brasileiro Clodoaldo Silva, em Pequim 2008, se repitam. 



Ele era da classe S4 e foi reclassificado para a S5 às vésperas de cair na piscina. 
Diante de adversários com mais mobilidade, saiu dos seis ouros e uma prata em Atenas 2004 para uma prata e um bronze em 2008.
“A classificação funcional é complexa, principalmente na natação. Temos várias deficiências na mesma categoria. A cada dia estão estudando mais e conseguem coletar dados para classificações justas. Na medida em que se conhece mais a fisiologia dos atletas e as deficiências, essa questão ainda pode mudar”, afirma o atleta, que tem mobilidade reduzida nas pernas em função de uma paralisia cerebral.
No paradesporto, quanto maior a deficiência, menor o número da classe. 
Na natação, a letra “S” indica swimming (em inglês) e, além disso, o nadador pode ter classificações diferentes para o estilo peito (SB) e medley (SM). 
A modalidade chega a ter 14 categorias.
Equilíbrio
Cada esporte paralímpico tem um sistema próprio para definir categorias, determinadas de acordo com as habilidades funcionais e restrições de cada atleta. O processo é realizado por especialistas, os “classificadores”, e dividido em três etapas: médica, funcional e de observação.
“Em toda modalidade há três momentos. No primeiro, o atleta é avaliado clinicamente. No caso da bocha, por exemplo, são pessoas com paralisia cerebral, lesão na medula, ou distrofia muscular. Eles têm que ter um comprometimento geral, o que chamamos tetraplegia, ou tetraparalisia. Então é feita uma avaliação médica para detectar o grau desses tipos de deficiências”, afirma o coordenador de classificação funcional do CPB, Cláudio Nogueira.
Na segunda fase, os competidores passam pela avaliação motora. No caso da bocha, isso consiste em visualizar como o atleta segura, lança ou arremessa a bola. Em seguida, é feita uma combinação das duas etapas para saber em qual categoria o perfil se encaixa.
“Assim é dada uma classificação provisória. Durante a competição, que é o terceiro momento, os classificadores observam o atleta jogando, porque nem sempre a classificação técnica e clínica consegue fazer com que ele exponha o seu máximo. Finalizando a competição, é dado o resultado oficial”, explica Nogueira.
Além da categoria, o competidor ganha um status: revisão, confirmado ou inelegível, este último para os casos em que o atleta não tem o perfil da classe. 
As reclassificações são comuns em pessoas jovens ou com doenças degenerativas, pois as condições da deficiência podem mudar. 
No caso de cegos totais e amputados, a categoria tende a permanecer a mesma, por serem problemas definitivos.
A nadadora Susana Schnarndorf (classes S7, SB7, SM7) descobriu em 2005 que tem uma doença conhecida por MSA (múltipla falência dos sistemas, na sigla em inglês), que afeta a mobilidade. 
Por ser degenerativa, as condições da atleta tendem a mudar com o tempo, o que afeta seu desempenho nas piscinas. 
Hoje ela briga para estar em outra categoria. 
“Comecei como S8, agora estou como S6. E tive uma piora grande nos últimos seis meses, então já foi pedida a reclassificação, que vai ser feita no início do ano que vem no Open do Rio. Até lá tenho que ficar tomando onda na cabeça, mas é um aprendizado. Tem que erguer a cabeça e treinar para dar tudo certo na Paralimpíada”, disse Schnarndorf.

Ela explica que a última classificação foi feita há um ano e meio e que a revisão é feita a cada dois anos. Uma junta médica tem que avaliar a atleta e os laudos para determinar a categoria. “Aumentou bastante a minha dificuldade de nadar. Para ficar competitiva de novo, eu tenho que ser reclassificada”, completou.
Quebra-cabeças

Mundiais e eventos-teste para os Jogos Rio 2016 também serão usados para definir as classificações. Segundo Nogueira, a necessidade de se confirmar a categoria de um atleta pode mudar os nomes da delegação brasileira para a disputa de um Mundial, por exemplo.

“A coordenação técnica conversa com a gente, vê a possibilidade de um ou outro atleta, qual a realidade dele em termos de classificação. Então, pode ser que a gente leve um atleta para que ele tenha a classe confirmada, para que não haja impacto negativo na Paralimpíada”.

De acordo com o coordenador do atletismo paralímpico brasileiro, Ciro Wincler, uma mudança de classe não interfere tanto nos treinos, mas requer ajustes no planejamento dos competidores. “O treinamento permanece a mesma coisa, mas temos que entender a nova classe e os resultados possíveis. Imaginemos uma prova com as classes seis e sete. O melhor atleta é o que está no limiar da sete. O da classe seis tem de treinar mais. Todos têm um programa pré-estabelecido de treino e os ajustes são feitos de acordo com a deficiência”.

O brasileiro Daniel Dias conquistou neste sábado o seu 5º ouro no Mundial Paraolímpico de Natação, disputado em Montreal, no Canadá. 
O 'Phelps brasileiro', como é conhecido, faturou a prova dos 100 m livre S5 (limitações físico-motoras)
Qualificação de classificadores

A intenção do Comitê Paralímpico Brasileiro é cada vez mais aprimorar o trabalho dos profissionais nacional para reduzir discrepâncias com as avaliações dos classificadores internacionais. “Quando fazemos uma competição nacional, um Brasileiro, um Regional, a validade é para o país. Porém, se esse classificador tem o mesmo entendimento, a mesma competência do classificador internacional, as nossas classificações ficam próximas da realidade mundial. Quando este atleta for para uma competição no exterior, a possibilidade de mudança desfavorável é mínima”, disse Nogueira.

No Brasil, algumas competições, como os opens de atletismo e natação, servem para a classificação dos atletas para os torneios internacionais.  

Do Céu ao Inferno!! E pro Olimpo novamente??

O maior campeão olímpico de todos os tempos está voltando às piscinas. 
Michael Phelps, 30, deu suas braçadas nesta quinta-feira no Campeonato de Inverno dos Estados Unidos. 
Para quem está tentando voltar ao nível olímpico após uma internação para recuperar-se do alcoolismo e enfrentar a depressão, não dá para negar que houve avanços.
Phelps marcou o quarto tempo em Washington. 
Michael Weiss ficou com o melhor tempo na prova dos 200 metros medley, com 1min58s97, mais de um segundo à frente de Chase Kalisz, o segundo colocado. 

Phelps cravou 2min00s75 e liderou a prova nos 100 metros iniciais, mas depois acabou perdendo o ritmo.
O sonho, você deve imaginar, é volta a brilhar num pódio olímpico. Desta vez em solo brasileiro, no Rio de Janeiro.



Do  Inferno Astral ao Céu Olímpico ...
Maior atleta olímpico da história, o nadador Michael Phelps segue demonstrando que está se preparando para buscar uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. 
Ele conquistou a prova dos 100m borboleta no Campeonato Norte-Americano de Inverno.
Foi a segunda disputa vencida por Phelps no campeonato realizado na cidade de Federal Way, já que ele também foi campeão dos 200m borboleta .
Phelps, recordista mundial da prova, conquistou o ouro nos 100m borboleta com o tempo de 51s38, com apenas 0s03 de vantagem sobre Tom Shields. 
Luis Martinez ficou com a terceira colocação com 52s35. Em 2009, ele nadou a prova a 49s82 no Mundial de Roma.
“Eu sabia que se estivesse perto do Tom nos últimos 25 metros, teria uma chance. É geralmente aí que acelero um pouco”, disse Phelps. 
O nadador norte-americano chegou a se aposentar depois dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, mas resolveu retornar às piscinas.
Sua volta ao esporte profissional, no entanto, não foi suave. 
Ele foi banido pela Federação Norte-Americana de Natação do Campeonato Mundial de Kazan, em agosto, após ter sido detido pela segunda vez dirigindo embriagado. 
Desde então, Phelps está tentando se mostrar livre do problema do álcool.
Voltou a nadar em alto nível já no Campeonato Norte-Americano, também em agosto, e tem participado do calendário de competições dos Estados Unidos.
 Em novembro, ele também anunciou que sua noiva, a ex-miss Califórnia Nicole Johnson, está grávida do primeiro filho do casal.


Só Podemos dizer...

VAI PHELPS!!!

Que vida Intensa!

Nadar = Correr ?

Quem nada 1km gasta energia igual  a quem corre 5km, explica o fisiologista Turíbio Barros.

Apesar de serem semelhantes nos benefícios que proporcionam, natação e corrida apresentam grandes diferenças ao se comparar os respectivos ajustes fisiológicos.

A corrida e a natação são modalidades de grande benefício para a saúde. 
Apesar de serem semelhantes nos benefícios que proporcionam, apresentam grandes diferenças quando 
comparamos seus respectivos ajustes fisiológicos. 
A corrida é uma forma de atividade física que podemos considerar ser natural do ser humano. 
Ninguém precisa aprender a correr, apesar de existirem exercícios educativos para melhorar a eficiência da corrida, corrigindo a biomecânica do movimento e melhorando sua eficiência.

Como já abordado anteriormente nesta coluna, podemos fazer uma previsão aproximada do gasto calórico para correr que costuma ser adequada para esta finalidade.
 Como poderíamos fazer uma estimativa do gasto calórico da natação?
 Neste caso, existe uma dificuldade muito maior. 
O problema é que enquanto podemos considerar que as diferenças de eficiência mecânica para correr são pequenas, permitindo uma estimativa média, na natação estas diferenças são muito grandes. 
Ficam muito claras as diferenças de coordenação motora para nadar quando comparamos diferentes indivíduos, ao contrário do andar e correr. 

Estudos que procuraram quantificar a eficiência mecânica dos diferentes movimentos chegaram às seguintes estimativas:

Para movimentos que não dependem de aprendizado motor fino, como andar, pedalar e correr, a eficiência mecânica se aproxima de 25%, o que significa que da energia gasta no movimento, 75% se perde como calor e 25% se transforma em trabalho mecânico. 
Isto quando consideramos um nadador de elite.
 Para um nadador amador, não seria errado considerar que para percorrer a mesma distância nadando em relação à corrida, o gasto de energia é perto de cinco vezes maior.
Assim, num exemplo simples, quem nada mil metros, gasta aproximadamente a mesma quantidade de energia de quem corre 5 mil metros. 
Vale lembrar que esta diferença pode ser ainda maior quando a técnica da natação for mais pobre prejudicando a eficiência.

TURÍBIO BARROS
Mestre e Doutor em Fisiologia do Exercício pela EPM. Foi membro do American College of Sports Medicine, professor e coordenador do Curso de Especialização em Medicina Esportiva  da Unifesp e fisiologista do São Paulo FC e coordenador do Departamento de Fisiologia do E.C. Pinheiros 


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Nadador norte-americano recorda a luta contra o alcoolismo e como conseguiu reabilitar-se. Aos 30 anos, mostra-se pronto para voltar a fazer história, nos próximos Jogos Olímpicos

Michael Phelps emergiu de "uma fase mesmo muito obscura" onde estava caído há um ano, onde segundo ele  sentia que "não queria viver mais". A dependência do álcool ficou para trás, após 45 dias numa clínica de reabilitação, e o nadador estado-unidense voltou a sentir-se "simplesmente feliz"


A revista Sports Illustrated descreve os passos da sua redenção, agora que ele parece pronto para voltar a (tentar) fazer história, no Rio 2016.


É o próprio Phelps, mais magro e barbudo, já trintão (fez 30 anos em junho), quem conta como nos últimos anos se sentia um peixe fora de água - rendido à bebida e ao jogo, até ser detido pela polícia a conduzir alcoolizado e em excesso de velocidade, em finais de setembro de 2014 - e como, após passar mês e meio em tratamento, voltou outro homem, mais enraizado e de novo com gosto pela natação.


A espiral de decadência começou após os Jogos Olímpicos de Pequim, 
em que o atleta bateu o recorde de medalhas de ouro numa só edição (oito).


 "Depois de 2008, mentalmente, estava terminado. 
Mas sabia que não podia parar de nadar, por isso forcei-me a fazer algo que não queria. Durante quatro anos faltava a pelo menos um treino por semana. 

Pensava: "Que se lixe. Vou ficar a dormir, falto à sexta-feira e assim tenho um fim de semana prolongado..."", recordou.


Começou a contagem regressiva para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a realizarem-se no Brasil no próximo ano, e Michael Phelps quer mostrar que merece continuar a ser visto como uma referência mundial.
Na recente edição da “Sports Illustratred”, o campeão de natação despe-se de tabus, recordando a fase em que mergulhou nas teias do alcoolismo e pensou mesmo no suicídio. 
A exigência de ser o melhor tinha  conduzido o  a uma depressão sem retorno ou  o salvação.
O fato que o colocou de novo no trilho aconteceu quando foi preso pela terceira vez por conduzir embriagado. 
Nessa altura, resolveu rever prioridades e dar outro rumo à vida, tentando ser um exemplo não só na água como fora dela.
“Realmente estava num lugar escuro e não queria mais estar vivo”, confessou reabilitado pelo tratamento contra o alcoolismo que lhe deu outras perspetivas para o futuro.
“Descobri muitas coisas sobre mim que provavelmente sabia, mas não queria perceber. Uma deles foi que, durante muito tempo, via-me como o atleta que eu era, mas não como um ser humano.
 (Na reabilitação) Pude estar com estranhos que sabem exatamente quem sou, mas não me respeitavam pelo que eu fiz, mas sim pelo que sou enquanto ser humano”.
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Detentor de 22 medalhas olímpicas (18 de ouro), Phelps assumiu-se culpado pelo que aconteceu em Baltimore, em setembro de 2014, quando foi apanhado em excesso de velocidade e alcoolizado. 
Seguiu-se um duro processo de recuperação e a suspensão por seis meses pela Federação norte-americana, ficando de fora do Mundial de Kazan, em agosto desse ano.
O castigo o fez crescer mentalmente, amadurecer e mostrar ao mundo que, por trás do campeão, há um homem que também pode falhar. 
Impedido de competir na Rússia, nadou nos campeonatos nacionais norte-americanos e, em três provas, conseguiu melhores resultados do que os compatriotas que foram a Kazan, recuperando o princípio da motivação deixado em Pequim, nos Jogos Olímpicos de 2008. 
Nessa altura, “mentalmente estava acabado”, assume.
Na entrevista intimista que agora chega ao público confirma o desejo de estar no Rio de Janeiro, já no próximo ano.
 Terá 31 anos e vontade de quebrar um novo recorde: o mais velho a subir ao pódio para receber a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos!
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