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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Natação Feminina Brasileira


Segue um artigo sobre a natação feminina brasileira bastante interessante da ESPN.


Raio-X da natação feminina brasileira: dependência de “geração espontânea”.

Raio-X da natação feminina brasileira: dependência de “geração espontânea”
Lucas Coelho
A natação feminina brasileira nunca teve grande tradição olímpica. Desde Maria Lenk e seu esforço tremendo para disputar os Jogos de 1932 e 1936 ao lado de outras conterrâneas, sempre foi um esporte que dependeu muito mais da dedicação e paixão das atletas do que de qualquer tipo de apoio externo.
As conquistas e participações inconstantes ao longo da história mostram bem que o Brasil só ganha algum destaque quando, por algum motivo qualquer, surgem algumas nadadoras de talento. Por isso, a psicóloga e professora da Escola de Educação Física e Esporte da USP, Katia Rubio, acredita que os últimos bons resultados do país podem ser explicados através do “criacionismo”.
“Geração espontânea, não vejo outra coisa”, afirma Rubio. “Os projetos de natação que aconteceram neste ciclo olímpico apenas correram atrás de um prejuízo. Nenhum deles foi direcionado para elas em específico.”
Apesar disso, nomes como Etiene Medeiros, Joanna Maranhão, Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto ganharam destaque nos últimos anos. Nos jogos Pan-americanos de 2015, em Toronto, o Brasil conquistou oito medalhas, sendo cinco de bronze, duas de prata e um ouro com Etiene no 100m costas.
“O desempenho tem melhorado, é inegável, tanto nas provas coletivas como individuais. A natação feminina nunca conseguiu grande destaque em Olimpíadas. As políticas públicas para a natação brasileira praticamente não existem. Daí surge uma geração talentosa, e os dirigentes correm atrás para tentar tirar proveito de uma situação”, critica a professora.
Para entender melhor o que Katia Rubio quis dizer com “geração espontânea”, o espnW fez um raio-X da natação feminina brasileira. Especialmente ao longo do século XX, a falta de apoio e investimento fica caracterizada nos resultados e participações das atletas. Veja:
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A prova dos 50m livre apareceu pela primeira vez nas Olimpíadas em 1904 e acabou ficando fora das competições até 1988, quando retornou em Seul. O Brasil obteve o 17º lugar com Adriana Pereira e depois amargou 16 anos de ausência. Em 2004, Flávia Delaroli, blogueira especialista em natação do espnW, conseguiu chegar à final, terminando na 8ª posição, e obteve o resultado olímpico mais expressivos das brasileiras na modalidade.
O 100m livre é a prova onde as atletas do país mais tiveram espaço ao longo da história, começando com Maria Lenk em 1932 até as participações seguidas nos últimos anos. Das 14 vezes em que o Brasil conseguiu emplacar nadadoras nos Jogos Olímpicos, os melhores resultados foram de Piedade Coutinho. Ela nadou em Berlim, em 1936, alcançando a 8ª colocação. Após a 2ª Guerra Mundial – e o cancelamento dos jogos de 1940 e 1944 – ela se destacou novamente, chegando em 12º em Londres 1948.
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Nos 200m livre feminino, o Brasil só participou de um terço das edições olímpicas. Com a prova entrando no programa em 1968, apenas Lucy Burle (1972), Patrícia Amorim (1988), Mariana Brochado (2004) e Monique Ferreira (2008) se classificaram para a disputa. Após nova ausência em 2012, no Rio de Janeiro as anfitriãs estarão na prova com Larissa Oliveira e Manuella Lyrio.
Depois dos 100m livre, a disputa na qual as brasileiras têm maior presença é nos 400m livre, graças, novamente, a Piedade Coutinho, que, além de nadar em três Jogos seguidos (1936, 1948 e 1952), também conseguiu ótimos resultados com o 5º lugar em Berlim e o 6º em Londres. Após Coutinho, foram mais quatro participações, com destaque para Monique Ferreira, que esteve em 2004 e 2008.
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Considerada uma prova de resistência mais do que velocidade, o 800m livre apareceu nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968, quando diversas outras modalidades passaram a incrementar a competição feminina. Pelo Brasil, somente Maria Guimarães em Montreal (1976) e Patrícia Amorim em Seul (1988) chegaram a disputar.
Maior esperança de medalha brasileira na natação feminina, a maratona aquática de 10km surgiu apenas na Olimpíada de 2008, e duas atletas nacionais têm tido destaque nos últimos oito anos: Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha. Em Pequim, elas tiveram bom desempenho, chegando em 7º e 5º lugar, respectivamente. Em Londres, apenas Okimoto participou, mas precisou abandonar devido a um quadro de hipotermia. Ambas estarão na água na Rio 2016.
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Aparecendo pela primeira vez como modalidade olímpica em 1956, o 100m borboleta só foi contar com brasileiras 20 anos depois, em Montreal, quando Rosemary Ribeiro e Flávia Nadulatti (de apenas 15 anos na época) não passaram da primeira eliminatória. Daynara de Paula foi a única do país que disputou a prova mais de uma vez – 2008 e 2012 -, mas o resultado mais expressivo foi a 7ª colocação de Gabriella Silva na China.
Nos 200m, a história é semelhante. São somente quatro participações em períodos específicos, entre 1972 e 1976, com Maria Isabel Guerra e Rosemary Ribeiro, e depois nas duas últimas Olimpíadas com Joanna Maranhão.
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A evidência maior de que a natação feminina brasileira depende de uma “geração espontânea” de talentos são as provas do nado peito. Sem contar com nenhuma anfitriã na Rio 2016, a modalidade teve poucas atletas do país ao longo da história. A dos 200m é mais antiga, sendo disputada desde a Olimpíada de Paris 1924, e teve Maria Lenk como representante verde e amarela em 1932 e 1936 – o 100m peito só foi implementado em 1968. Cristina Teixeira disputou as duas distâncias em 1972 e 1976. Desde então, somente Tatiane Sakemi nadou ambas as provas em Pequim.
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O grande nome do medley brasileiro feminino é Joanna Maranhão. Ela já esteve em três jogos olímpicos nos 200m e em dois nos 400m. No Rio de Janeiro, irá para sua quarta Olimpíada seguida e vai nadar as duas provas. O seu resultado mais expressivo foi o 5º lugar na China, disputando o 400m. Maria Isabel Guerra, em 1972, também disputou as duas modalidades, e Gabrielle Rose se classificou para os 200m em 1996.
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Assim como o 200m peito e 100m livres, o 100m costas faz parte da história das brasileiras em Olimpíadas por ter sido uma das provas disputadas por Maria Lenk em 1932. Ela acabou desclassificada, mas seu pioneirismo foi importante para sua irmã, Sieglinda Lenk, conseguir o 20º lugar quatro anos depois. Edith de Oliveira, 1948 e 1952, e Fabíola Molina, nos anos 2000, foram as outras únicas atletas do país na prova.
No revezamento 4×100 medley, a única participação aconteceu em Pequim, com um bom 10º lugar. Este ano, o Brasil ainda tenta se classificar. Caso consiga, terá de chamar mais duas nadadoras para compor a equipe e, se isso acontecer, será a primeira vez na história que as brasileiras disputarão os três revezamentos em uma edição dos Jogos Olímpicos.
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Nos revezamentos de nado livre, as participações espaçadas são emblemáticas da raridade que é para o Brasil juntar talentos suficientes para compor uma equipe. Agora, com as mulheres conquistando mais espaço no esporte de uma maneira geral, a terceira e inédita participação seguida no 4x100m, além da disputa do 4x200m, sinalizam uma mudança da realidade.
Se os hiatos de presença brasileira feminina na natação realmente ficaram para trás, só será possível saber no futuro. Nas últimas edições dos Jogos Olímpicos, as atletas do país estão mantendo uma continuidade e se classificando em mais provas, mas as críticas em relação à falta de apoio aos diversos esportes aquáticos ainda não cessaram. De qualquer maneira, a participação significativa no Rio de Janeiro já é um marco. Veja abaixo um gráfico das participações totais das brasileiras ao longo da história, e conheça as mulheres que irão representar o país no Rio de Janeiro.
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quinta-feira, 12 de maio de 2016

As Meninas Super Poderosas do Brasil

 Não sei se teremos medalha já nesta edição, muito difícil, mas ver os resultados , nadadoras como  Etiene Medeiros  e outras nos trás esperança.
 Até pouco tempo atrás não se disputava vaga de nenhuma prova, 
Algumas poucas faziam índices sozinhas, sem disputa real (mesmo que muitas fizessem, só os 2 primeiros tempos classificam). 
Ainda temos muitas provas femininas sem representantes e pouca disputa. A valorização das individualidades das meninas (ao invés de enquadra-las nos padrões masculinos) como conhecimento complementar para os treinamentos esta ajudando a evoluir o esporte, mesmo que não tão rápido como gostaríamos.
 Antes quanto mais a menina se aproximasse da técnica, personalidade e tudo mais masculino, era visto como positivo. 
Isso Mudou, os técnicos que tiveram uma visão mais detalhista,e valorizaram as particularidades femininas, obtiveram melhores resultados com suas atletas.
Nossas atletas de 2016
Alguns  tempos da natação feminina brasileira estarão disputando finais:
.Revezamentos já classificados, 4 por 100 livre e 4 por 200 livre. 
Finais não são  comuns para as mulheres na natação, temos somente 4 nomes em finais individuais:
Piedade Coutinho –única com duas individuais- em 1936 (5ª nos 400m livre) e 1948 (6ª nos 400m livre)

 Joanna Maranhão em 2004 (5ª nos 400 medley)
Flávia Delaroli –  em 2004 (8ª nos 50m livre) 


Gabriela Silva em 2008 (7ª nos 100m borboleta).

Dois revezamentos alcançaram finais também, o 4x100m livre de 1948 (6º lugar com Piedade Coutinho, Eleonora Schmidt, Maria da Costa e Talita Rodrigues)

 4x200m de 2004 (7º com Joanna Maranhão, Monique Ferreira, Paula Baracho e Mariana Brochado).

Etiene Medeiros e Graciele Herrmann conquistaram vaga e representarão nossa seleção nos 50m livre. (50m livre é uma das provas mais disputadas em termos de quantidade de atletas nadando para tempos expressivos)
Nos 100 metros costas em que a Etiene estará também brigando por uma final. Ela persegue  mais um título inédito em sua carreira (ela foi 1º ouro feminino em campeonatos Pan Americanos, nos 100m costas; 1ª medalha feminina –ainda por cima de ouro- em campeonatos Mundiais de piscina curta, no 50m costas; e 1ª medalha, também inédita para as mulheres, em Mundiais de piscina longa, prata na prova dos 50m costas). Infelizmente o 50 costas não acontece em olimpíadas – nenhum 50m, só o livre. 
 Ela teria que baixar uns 40 centesimos nos 50m livre ou uns 60 centesimos nos 100m costas para disputar uma medalha (que também seria inédita para a natação feminina). Eu achava que nos 100m costas seria um caminho mais fácil (por ter mais distância, tem mais o que melhorar e corrigir). Porém, sua habilidade como velocista  fala mais alto, a ponto de investir em outro estilo (o crawl / livre).
A Super Joanna Maranhão 
Está indo para sua 4ª Olimpíada. São 16 anos nadando em alto nível. Se considerar à partir da primeira, são 13 anos, mas normalmente ninguém começa a nadar no ano em que se classifica para o maior evento esportivo do mundo.Tudo começa vários anos antes… Ela já igualou o melhor resultado individual de uma mulher em Olímpiadas, 5º.

Coleciona recordes nacionais e sulamericanos . Essa qualidade lhe permite escolher entre varias provas as que irá participar nos Jogos, isso não é pra qualquer um. Precisa melhorar suas marcas se quiser (e ela quer) entrar em outra final. Igualaria Piedade Coutinho com 2 finais individuais, quem sabe até final do revezamento. Mas o conjunto da obra faz da sua participação a coroação de uma carreira de sucesso, com altos e baixos que a levaram a muita maturidade e crescimento, dentro e fora das piscinas. Ela com certeza tem muito a passar a todas as companheiras de equipe.

Larissa Oliveira
Nos 100m e 200m livre, tempos que são necessários para sermos mais competitivos a nível mundial. Os revezamentos também agradecem. E o bom é que ela não é a única isolada, temos um grupo de meninas chegando a tempos significativos. Nos 100m livre a Etiene também estará nadando.


 Além de Larissa e Etiene, o revezamento 4x100m livre será completo por Manuela Lyrio e Daynara de Paula e tem hoje uma real possibilidade de disputar uma vaga entre as melhores 8 equipes.
 Jessica Cavalheiro e Gabrielle Roncatto, que completam o revezamento  4x200m livre. 
Daiene Dias e Daynara de Paula estão na prova de 100m borboleta mas precisam de tempos mais fortes para pensarem em finais. 
 Revezamentos se classificaram no mundial do ano passado ficando até o 12º lugar. 16 participam dos Jogos. As últimas 4 vagas ficam com os top 4 do mundo.
Em Agosto veremos nossas Meninas Super Poderosas em Ação.

Que venham os jogos!!!


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Austrália pede que Brasil não leve para Rio 2016 técnico de natação acusado de abuso

Divulgação

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Image captionJulgamento de Volkers terminou por falta de provas suficientes
A principal autoridade esportiva da Austrália pediu oficialmente ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que impeça a participação do técnico de natação Scott Volkers nos Jogos Olímpicos do Rio.
Volkers, que treina alguns dos principais nadadores da equipe brasileira, incluindo o vice-campeão olímpico dos 400m medley, Thiago Pereira, foi impedido de trabalhar com crianças e adolescentes na Austrália depois de, no início da década passada, ter sido acusado de abuso sexual por três nadadoras, em episódios que teriam ocorrido durante os anos 1980.
Volkers, que chegou a trabalhar com Cesar Cielo, o nome mais conhecido da natação brasileira, nega as acusações.
A BBC Brasil tentou contato com ele por intermédio de seu clube, mas não teve retorno.

'Voto de confiança'

O treinador já foi levado à Justiça na Austrália, mas um tribunal determinou que não havia provas suficientes para julgá-lo. No entanto, ele viu as portas para seu trabalho se fecharem no país.
Na carta enviada ao presidente do COB e do Comitê Organizador da Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, o mandatário da principal entidade esportiva da Austrália, John Coates, vai além de pedir que o treinador seja impedido de participar da Olimpíada e recomenda que ele seja banido de trabalhar.
Coates incluiu na carta a cópia de um inquérito em que uma comissão do governo australiano demonstrou preocupação com as alegações e criticou a decisão da Justiça australiana.
Reprodução
Image captionCarta enviada a Nuzman pede exclusão olímpica de Volkers
"Nós acreditamos que ele (Volkers) não deveria estar envolvido de maneira alguma com a Rio 2016", diz o dirigente australiano na carta.
Volkers vive no Brasil desde 2011, trabalhando no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, e na seleção brasileira.
Por ter diversos atletas classificados para a Rio 2016, ele é elegível para uma vaga como treinador olímpico, de acordo com os estatutos da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
Mas a BBC Brasil apurou que a presença do australiano na delegação olímpica brasileira está ameaçada por conta da polêmica.
Em Belo Horizonte, o australiano trabalha com nadadores de todas as idades. O Minas Tênis disse "ter feito ampla pesquisa e entrevista" sobre Volkers e que também se reuniu com pais de nadadores para discutir a contratação. Segundo o clube, o treinador "recebeu um voto de confiança" dos pais.
Em uma entrevista ao jornal australiano Daily Telegraph, Coates menciona o fato de o técnico não ter sido condenado pela Justiça, mas diz ter conversado sobre o assunto com Nuzman quando os dois se encontraram em Lausanne, na Suíça, durante a cerimônia de passagem da tocha olímpica pela sede do Comitê Olímpico Internacional (COI).
DivulgaçãoImage copyrightDIVULGACAO
Image captionNo comando da natação do Minas Tênis, Volkers trabalha com crianças e adolescentes
"Nuzman entendeu a seriedade deste assunto. Eu não posso forçar a exclusão dele (Volkers), mas tinha a obrigação de chamar a atenção dos brasileiros", disse o australiano.
Em 2014, Volkers, que treinou algumas das mais bem-sucedidas nadadoras australianas, deu uma entrevista ao jornal australiano The Courier Mail, em que disse "ser uma pessoal normal".
"Não sou um fugitivo. Visito a Austrália todos os anos", declarou.
Naquele mesmo ano, porém, ele foi impedido pelas autoridades do país de participar de um torneio internacional de natação, em Gold Coast, quando teve negado pedido de credenciamento. A CBDA optou por substituí-lo na delegação.
Procurado pela BBC Brasil, o COB, por intermédio de sua assessoria de imprensa, disse que o pedido da entidade australiana ainda não foi analisado. O Minas Tênis não respondeu aos pedidos de entrevista com o Volkers.

O Minas Tênis classificou como “assunto requentado” o pedido das autoridades olímpicas australianas para que o técnico de natação do clube, Scott Volkers, não seja convocado para trabalhar pelo Brasil nas Olimpíadas de 2016. 
A solicitação foi feita ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), pelas denúncias de que o treinador, nascido na Austrália, teria abusado sexualmente de três nadadoras na década de 1980 no país.
 Volkers está no Minas desde janeiro de 2012 e hoje trabalha com atletas como Thiago Pereira.
A assessoria do Minas Tênis disse ainda que o comportamento do técnico no clube sempre foi exemplar, e que não há motivos para falar sobre possível atuação do técnico pelo Brasil na Olimpíada, já que ainda não houve convocação para os Jogos. Pelos critérios definidos pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), entretanto, ele será um dos treinadores.
Quando chegou ao Minas, Volkers afirmou que seu objetivo no país era ajudar o Minas e o Brasil nos jogos de 2016. O treinador foi o líder da equipe de natação da Austrália em 1992 (Barcelona), 1996 (Atlanta) e 2000 (Sydney).
O treinador chegou a ser levado aos tribunais na Austrália na década passada, mas não houve condenação, por falta de provas. O técnico, no entanto, foi proibido de trabalhar com crianças e adolescentes no país.
No pedido feito pelo comitê olímpico australiano e revelado pela BBC Brasil, as autoridades sugerem ainda que o treinador seja banido do trabalho que desempenha atualmente. Segundo a assessoria do Minas Tênis, Volkers não conversaria com a reportagem  por não ter o que falar sobre o assunto.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Piscina x mar: qual a técnica do nado?

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Educativos para treinar sua direção

Para melhorar o nado em águas abertas é preciso apostar em exercícios educativos de visualização


Saiba como incluir os exercícios de visualização para melhorar o rendimento do nado em águas abertas
Para nadar em águas a orientação é primordial para fazer uma prova com segurança e com bom desempenho.
Por isso, é preciso fazer exercícios educativos de visualização, que ajudam a manter a direção correta dentro da água.
São seis os principais exercícios educativos de visualização.
Colocando-os na sua rotina de treinos, ao menos duas vezes na semana, você já terá um belo ganho de rendimento na natação em águas abertas.
1. Nado Polo
Nade com a cabeça fora da água, sempre olhando para frente e com respiração frontal.
Dica: não levante muito o pescoço, mas mantenha o rosto fora da água.

2. Frequência de braçadas
Mantenha uma sequência contínua.
Ela é fundamental para conseguir levantar a cabeça e se localizar com as bóias de sinalização.
Cada atleta tem seu próprio ciclo de braçada, por isso, o importante é trabalhar a braçada para manter o ritmo na água.

3. Nado conduzindo bola
Nade com uma bola de borracha, de tamanho médio a pequeno à sua frente, empurrando a bola com uma das mãos de cada vez.
Isso faz com que você sempre procure um ponto de referência fora da água, neste caso, a bola, o que permite que você se acostume a marcar pontos de referência quando está nadando.
4. Nado com marcação
Para este exercício, você pode colocar uma marcação no meio e no final da raia da piscina e observá-la durante o nado.
 Isso também ajuda a treinar a visualização na água.
5. Treino sem raia
Entre na piscina sem colocar as raias.
Isso ajuda na sua aprendizagem de nado em linha reta, marcando um ponto de referência.
6. Treino no mar
As características de mar e piscina são totalmente diferentes.
Portanto, treinar em mar aberto para se vivenciar a prova é de grande valia.

A IMPORTÂNCIA DO PERÍODO DE BASE NA NATAÇÃO



Primeiro :O que é PERÍODO DE BASE ? 
Toda periodização de treinamento parte  do princípio do seus objetivos.
Quais provas você pretende participar, as datas envolvidas e a estratégia para atingir seus objetivos.
Os treinamentos de base devem der realizados em momentos adequados. 
Normalmente na fase em que existem pouquíssimas competições ou pausa das mesmas. 
Por este motivo, este mês é o escolhido para retomar a preparação. 

Nesse momento ocorre o reinício, reestruturação e correção, preparando assim a "temporada" física e psicologicamente. 
É um período de preparação para o treinamento específico.
O que acontece é que na natação a quilometragem acaba sendo maior do que os treinamentos específicos devido as várias séries corretivas dos estilos praticados (crawl, peito, costas e borboleta). 
 Conteúdo:
  1. baixa intensidade
  2.  trabalho cardio-respiratório
  3.  corretivos
  4. testes


. Velocidade e força não são trabalhados neste momento.
O período de base sempre têm um início, meio e fim. 
O treino de base é um treinamento geralmente feito em inicio de temporada após o período de transição ( férias) e esse tipo de treino tem duração de 6 a 8 semanas e damos ênfase para trabalhos de fortalecimento muscular e volume.
 A intensidade é descartada nesse período.
O objetivo é que o atleta finalize esse ciclo com um condicionamento físico ideal para os treinamentos específicos que terá pela frente além algumas correções técnicas realizadas. 
Importante lembrar aqui que o condicionamento físico sempre vai variar, de acordo com o objetivo do atleta.
O condicionamento de um atleta de longa distancia é totalmente diferente de um atleta de curta distancia. 
Assim como na construção de um prédio, sem uma bom alicerce, a obra provavelmente terá problemas. No esporte, sem uma boa base, o risco de lesões também aumentará.


quarta-feira, 4 de maio de 2016

Natação ParaOlímpica e a História

A natação está presente no programa oficial de competições desde a primeira Paraolimpíada, em Roma (1960). 
Homens e mulheres sempre estiveram nas piscinas em busca de medalhas. 
O Brasil começou a brilhar em Stoke Mandeville (1984), quando conquistou um ouro, cinco pratas e um bronze. 
Nos Jogos Paraolímpicos de Seul (1988) e nos de Atlanta (1996), os atletas trouxeram um ouro, uma prata e sete bronzes. 
Em Barcelona (1992), a natação ganhou três bronzes.
Os Jogos de Sydney foram marcados pelo excelente desempenho da natação, que trouxe um ouro, seis pratas e quatro bronzes para o Brasil. 
Em Atenas, foram sete medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze. 
Em Pequim o Brasil bateu o recorde de medalhas conquistadas em uma única edição dos Jogos Paraolímpicos com um total de 19 medalhas ao todo, com oito medalhas de ouro, sete de prata e quatro de bronze. 
No Parapan do Rio de Janeiro (2007) o Brasil ficou em segundo lugar geral da modalidade, perdendo para o Canadá, mas ficando na frente dos Estados Unidos. 
Foram 39 medalhas de ouro, 30 de prata e 29 de bronze. 
Além da quebra do recorde, 
o Brasil também comemorou as primeiras medalhas femininas na natação paraolímpica, todas de bronze: 
Fabiana Sugimori nos 50 m livre S11, 

Edênia Garcia nos 50 m livre S4 

Verônica Almeida nos 50 m borboleta S7.

O Brasil possui mais medalhistas de destaque internacional na natação. 
Clodoaldo Silva conquistou nas Paraolimpíadas de Atenas em 2004, seis medalhas de ouro e uma de prata, além de quatro recordes mundiais. 
Em Pequim 2008, os destaques foram André Brasil com 5 medalhas sendo 4 de ouro e Daniel Dias com 9 medalhas, sendo 4 de ouro, 4 de prata e uma de bronze.
Na natação, competem atletas com diversos tipos de deficiência (física e visual) em provas como dos 50m aos 400m no estilo livre, dos 50m aos 100m nos estilos peito, costas e borboleta. 
O medley é disputado em provas de 150m e 200m. 
As provas são divididas na categoria masculino e feminino, seguindo as regras do IPC Swimming, órgão responsável pela natação no Comitê Paraolímpico Internacional.
As adaptações são feitas nas largadas, viradas e chegadas. 
Os nadadores cegos recebem um aviso do tapper, por meio de um bastão com ponta de espuma quando estão se aproximando das bordas.
 A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco. 
As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro.
Classificação
O atleta é submetido à equipe de classificação, que procederá a análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; 
mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). 
Vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor o número da classe. 
As classes sempre começam com a letra S (swimming) e o atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM).
  • S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 – nadadores com limitações físico-motoras.
  • S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 – nadadores com deficiência visual (a classificação neste caso é a mesma do judô e futebol de cinco).
  • S14, SB14, SM14 – nadadores com deficiência mental.