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domingo, 31 de julho de 2016

O Brasil trará Medalhas na Natação? Façam suas Apostas!!

Estamos na reta final para o maior evento esportivo do Ano para a natação Mundial, Jogos Rio 2016.
As estratégias  para obter bons resultados e ferramentas tecnológicas até então não muito utilizadas:
Banho de luz(afim de atrasar o relógio biológico, a maioria das provas serão a noite),
  Crioterapia (método de resfriamento corporal), 

actigrafia (método de monitoramento do ciclo atividade-repouso), questionários e as análises destes dados. 
Todo esforço é válido na busca  pela medalha.
Apesar de o grupo ser formado por atletas em evolução, que atingirão seu ápice em Tóquio 2020, é possível sonhar com a conquista de medalhas .
Nadadores experientes, como  Thiago Pereira e a Joanna Maranhão são as principais apostas.   
A Federação Internacional de Natação (Fina) divulgou a lista completa dos atletas inscritos para a Olimpíada do Rio de Janeiro.
 No total, 906 nadadores de 172 países diferentes disputarão o torneio olímpico, números superiores aos de Londres 2012. 
A delegação brasileira terá 33 atletas, um recorde na história da natação do país, sendo 22 homens e 11 mulheres.
No geral, de acordo com as informações da Fina, estão inscritos 489 nadadores para as provas masculinas e 417 nadadoras para as provas femininas. A natação na Olimpíada do Rio de Janeiro ocorrerá entre os dias 6 e 13 de agosto, no Estádio Aquático do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, e será responsável por distribuir 96 medalhas aos atletas.
A grande expectativa da natação no Rio 2016 será Michael Phelps.

 O norte-americano é o recordista de medalhas olímpicas, com 22 conquistas, sendo 18 de ouro.
 Phelps está inscrito para as provas dos 100m e 200m borboleta e dos 200m medley e ainda pode ser incluído nos revezamentos dos Estados Unidos.
Em relação ao Brasil, os destaques são Bruno Fratus (50m livre), 
Thiago Pereira (200m medley)
 e Felipe França (100m peito). 
Entre as mulheres, se destacam Etiene Medeiros (50m livre, 100m livre, 100m costas e 4x100m livre) e Joanna Maranhão (200m medley; 400m medley e 200m borboleta).
Maranhão, por sinal, ganhou vaga nos 200m borboleta, prova que inicialmente não competiria. Outra atleta que recebeu uma boa notícia foi Manuella Lyrio (100m livre, 400m livre, 4x100m livre e 4x200m livre), que nadará os 400m livre.
Etiene Medeiros, que recentemente foi flagrada em exame antidoping e absolvida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi inscrita nas três provas em que alcançou índice nas seletivas, os 50m e os 100m livre, bem como os 100m costas. 
A nadadora ainda espera uma posição da Fina sobre o caso. A entidade que comanda a natação mundial pode discordar do parecer do STJD e recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS), colocando em risco sua participação na Rio 2016.

Veja os atletas da natação brasileira inscritos para o Rio 2016:
Masculino

Bruno Fratus (50m livre)
Ítalo Manzine (50m livre)
Marcelo Chierighini (100m livre, 4x100m livre e 4x100m medley)
Nicolas Oliveira (100m livre, 200m livre, 4x100m e 4x200m livre)
João de Lucca (200m livre e 4x100m livre)
Matheus Santana (4x100m livre)
Gabriel Santos (4x100m livre)
André Pereira (4x200m livre)
Luiz Altamir (400m livre, 4x200m livre)
Brandonn Almeida (1500m livre e 400m medley)
Miguel Valente (1500m livre)
João Gomes Jr (100m peito e 4x100m medley)
Felipe França (100m peito)
Tales Cerdeira (200m peito)
Thiago Simon (200m peito)
Guilherme Guido (100m costas e 4x100m medley)
Leonardo de Deus (200m costas e 200m borboleta)
Kaio Marcio (200m borboleta)
Henrique Martins (100m borboleta e 4x100m medley)
Marcos Antônio Macedo (100m borboleta)
Henrique Rodrigues (200m medley)
Thiago Pereira (200m medley)
Feminino

Etiene Medeiros (50m livre, 100m livre, 100m costas e 4x100m livre)
Graciele Herrmann (50m livre)
Larissa Oliveira (100m livre, 200m livre, 4x100m livre e 4x200m livre)
Jessica Bruin (4x200m livre)
Gabrielle Roncatto (4x200m livre)
Manuella Lyrio (200m livre, 4x100m livre e 4x200m livre)
Daiene Dias (100m borboleta)
Daynara de Paula (100m borboleta e 4x100m livre)
Joanna Maranhão (200m medley; 400m medley e 200m borboleta)
Jhennifer Conceição (4x100m medley)
Natalia de Luccas (4x100m medley)
A Arena da Disputa
O Estádio Aquático erguido para os Jogos Olímpicos não terá refrigeração na área de competição e nas arquibancadas. 
A previsão para as 22h, quando começarão as finais, é de 18º C.

O calor é um dos pontos negativos apontados pelos atletas durante o evento-teste, realizado na segunda quinzena de abril.
Parte do problema foi sanado. Segundo o comitê organizador da Rio-2016, as áreas internas que serão usadas pelos nadadores terão ar condicionado. No evento-teste, a refrigeração era feita com ventiladores.

sábado, 30 de julho de 2016

Natação Melhora a Qualidade de Vida de Pacientes com Fibromialgia.

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que a natação é tão eficaz quanto a caminhada na redução da dor e na melhoria da qualidade de vida de pacientes com  fibromialgia.

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Os resultados do ensaio clínico randomizado foram divulgados na revista Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, editada pela American Congress of Rehabilitation Medicine.
A atividade física está em todas as diretrizes de tratamento da fibromialgia e o que comprovadamente traz mais benefícios são os exercícios aeróbicos de baixo impacto. 
Mas nem todo mundo gosta ou pode fazer a mesma atividade física, então nosso grupo tem testado alternativas”, contou Jamil Natour, professor da Disciplina de Reumatologia da Unifesp e coordenador da pesquisa apoiada pela FAPESP.
Em um artigo publicado em 2003 no The Journal of Rheumatology, a equipe de Natour havia mostrado que a caminhada é melhor que o alongamento não apenas para reduzir a dor como também para melhorar a depressão e outros aspectos emocionais de pacientes com fibromialgia – além de, como esperado, aumentar a função cardiorrespiratória.
Já em um estudo de 2006, divulgado na revista Arthritis & Rheumatism, o grupo mostrou que a corrida aquática também era uma boa opção para o tratamento da doença.
A natação ainda não havia sido avaliada com o devido rigor científico e, neste ensaio clínico, apresentou resultados tão bons quanto os da caminhada, que tem benefícios comprovados.
Pode ser uma opção mais interessante para uma pessoa que, além de fibromialgia, tem artrose no joelho, por exemplo”, avaliou o pesquisador.

O estudo foi feito com 75 mulheres com fibromialgia e com idade entre 18 e 60 anos.
Todas eram sedentárias no início da avaliação.
Foram aleatoriamente divididas em dois grupos: 
  • 39 submetidas a um treino de natação durante 12 semanas
  • e outras 36, a um treino de caminhada moderada pelo mesmo período.
As sessões de atividade física eram realizadas três vezes por semana, com acompanhamento de profissionais da área de educação física, e duravam 50 minutos. 
O trabalho foi feito durante o mestrado de Giovana Fernandes, orientanda de Natour.
Antes do início do treinamento, e após as 12 semanas, as voluntárias passaram por diversas avaliações. 
O nível de dor foi medido por meio de uma régua numérica que varia de 0 a 10 centímetros (cm). 
Cada paciente dava uma nota para o nível de dor que estava sentindo no momento.
  • No grupo submetido a caminhada, em média, o nível de dor caiu de 6,2 cm para 3,6 cm
  • Enquanto no grupo que treinou natação os valores foram de 6,4 cm para 3,1 cm. 
Segundo Natour, é considerada clinicamente relevante uma redução de pelo menos 2 cm na escala de dor.
Já a qualidade de vida foi avaliada por dois questionários clinicamente validados, sendo um específico para pessoas com fibromialgia (FIQ – Fibromyalgia Impact Questionnaire) e outro de uso na população em geral (SF-36 – Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey).

Melhoras estatisticamente significativas foram encontradas em todas as oito subescalas do SF-36 em ambos os grupos. 
No aspecto interação social, por exemplo, a pontuação saltou de 56 para 80 no grupo que praticou natação e de 52 para 72 no grupo caminhada.

No quesito saúde mental, o grupo natação passou de 55,7 para 68, enquanto o grupo que exercitou caminhada foi de 51,1 para 66,8. 
O escore varia de 0 a 100 pontos, sendo que, quanto maior a pontuação, melhor a qualidade de vida da pessoa avaliada.
A melhora nos resultados no questionário FIQ foi equivalente nos dois grupos, bem como o resultado da análise ergoespirométrica – que mede o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.) e o limiar anaeróbico (LA).
Tratamento multimodal
Conforme explicou Natour, pacientes com fibromialgia apresentam uma amplificação dolorosa, decorrente de uma falha no sistema que transmite e modula os estímulos nervosos que vão da periferia do corpo até o cérebro.
“Um simples cutucão na perna ou apertão no braço do fibromiálgico pode ser interpretado como um estímulo doloroso. Além dessa amplificação dolorosa, esse paciente também pode ter dor espontânea. É característica da doença uma sensação de dor difusa, sem explicação anatômica, e que perdura por pelo menos três meses”, explicou o pesquisador.
O problema é cerca de 10 vezes mais comum em mulheres do que em homens e pode ser incapacitante.
Além da dor, os portadores costumam sofrer com :
  • distúrbios de sono
  • redução nos níveis de serotonina (neurotransmissor importante para a regulação do humor)
  • alterações no sistema nervoso autônomo, que controla a contração de vasos e o batimento cardíaco, entre outras coisas.
O conjunto de sintomas impacta fortemente a qualidade de vida de pessoas nessa condição.
“Muitas vezes, o paciente não tem nenhum defeito anatômico, como artrose, mas tem um comprometimento até mais grave na qualidade de vida e na função do que as pessoas com doenças articulares.
Alguns estudos compararam a situação de pessoas com fibromialgia com portadores de espondilite anquilosante ou artrite reumatoide, ambas doenças deformantes articulares. 
Além disso, cerca de 30% dos fibromiálgicos também apresentam depressão”, disse Natour.

Na avaliação do pesquisador, por acometer cerca de 5% das mulheres, a doença representa um relevante problema de saúde. “Mas como não mata, acaba aparecendo pouco nas estatísticas governamentais”, disse.
O consenso entre os especialistas atualmente é que o tratamento da fibromialgia deve ser multimodal, ou seja, aliar medicamentos para dor crônica e antidepressivos com exercícios físicos e o controle de doenças concomitantes, como artrose, que podem ser fonte de dor.
“O tratamento com medicamento, na maioria das vezes, não controla a dor por completo e pode ter efeito passageiro”, disse Natour.
Em relação aos exercícios físicos, acrescentou o pesquisador, há mais evidências dos benefícios de atividades aeróbicas, embora exercícios de força também possam apresentar bons resultados.
 Na opinião de Natour, devem ser evitadas modalidades que possam causar dor.
“Lutar boxe não me parece uma boa ideia. Não tem nenhum estudo mostrando isso, mas é uma questão de bom senso”, opinou.


terça-feira, 26 de julho de 2016

Suspensão de País nos Jogos Olímpicos? Isso já aconteceu...

O FATO NÃO INÉDITO
Um país não ser convidado para os Jogos Olímpicos não é novidade, Alemanha e Japão foram deixados de fora dos Primeiros Jogos pós Guerra em 1948 em Londres, na Grã-Bretanha, assim como a África do Sul e sua política de Apartheid lhe afastaram de 1960 a 1992, o Afeganistão foi punido nos Jogos de Sydney em 2000 em defesa das mulheres e a política de discriminação imposta pelo regime do Talibã.
Outros países como Áustria, Hungria, Tuquia e Indonésia, também já foram deixados de fora por razões diversas.
Mas o caso de doping da Rússia ganhou elementos dignos de um bom romance policial, com drama, suspense, romance e acreditem suspeita de homicídio.
Vamos aos elementos:
PAÍS:  RÚSSIA

A luta contra o doping segue firme e forte.  Além do atletismo da Rússia, já afastado do Rio 2016, seguem investigações contra Quênia e Etiópia. O levantamento de peso da Bulgária pelo número de casos positivos também já está fora da Olimpíada no Rio de Janeiro.
PERSONAGENS DA TRAMA
Vitaly Stepanov –

Funcionário da RUSADA e marido da atleta Yulia Stepanova.
Foi o principal delator do esquema nacional e oficial de dopagem do atletismo russo. Fugiu da Rússia para a Alemanha e hoje mora nos Estados Unidos com a esposa. Suas denúncias foram apresentadas em entrevistas, mas acompanhadas de vídeos, gravações, emails e cópias de texto de mensagem comprovando o esquema de doping oficial.

Yulia Rusanova Stepanova –

Corredora de 800 metros da Rússia, medalhista no Campeonato Mundial suspensa por doping em 2013 por dois anos após confirmada alterações no seu passaporte genético. Junto com o marido, se tornou em figuras destacadas nas delações do esquema de doping para TV alemã ARD. Aguarda definição do COI para competir de forma independente no Rio pois já tem marca classificatória para a sua prova e seus testes indicaram resultados negativos.

Hajo Seppelt –
Jornalista alemão responsável pelo documentário que gerou no início da investigação pelo COI em 2014 na TV alemã ARD.
Grigory Rodchenkov –
Ex-diretor do laboratório da RUSADA, apresentou denúncias ao jornal americano New York Times revelando esquema de perda e falsificação de resultados nos Jogos Olímpicos de Inverno em 2014. No seu depoimento, 15 medalhistas russos em Sochi tiveram troca de seus testes para evitar os resultados positivos. Dois de seus companheiros de diretoria foram encontrados mortos.
Nikita Kamaev –

Ex-diretor da RUSADA misteriosamente encontrado morto aos 52 anos em fevereiro passado. Segundo os jornais The Times da Grã-Bretanha e Frankfurter Allgemeine da Alemanha teria, junto com Grigory Rodchenkov, oferecido a Federação de Natação da Rússia, uma proposta para camuflar os testes dos nadadores da seleção nacional em troca de um suborno de 3 milhões de rublos anuais (145 mil reais). A proposta foi recusada pela Federação de Natação da Rússia.

Vladimir Putin –
Presidente da Rússia desde maio de 2012 em seu segundo termo depois de presidir o país de 2000 a 2008. Não aceita a suspensão do atletismo de seu país e promete apelar a todas as possíveis cortes internacionais.
Vitaly Mutko –
Ministro do Esporte da Rússia, declarou revolta com a decisão da IAAF e alega que o país vinha fazendo as necessárias e providenciais ações no controle e organização do sistema anti-dopagem do país. Promete levar o caso ao Tribunal da Corte Suprema.
Alexander Zhukov –
Economista russo, graduado em Harvard nos Estados Unidos, político de destaque é membro da Câmara Nacional, conhecida como Duma, além de Presidente do Comitê Olímpico Russo. 
Richard Pound –
Advogado canadense, ex-nadador olímpico (1960), ex-Presidente da WADA, atual Diretor Internacional do Comitê Olímpico Internacional e que anunciou uma possível não participação de todos os esportes da Rússia nos Jogos do Rio 2016. Tal decisão seria “uma bomba atômica” segundo suas próprias palavras, mas relacionadas as denúncias de trapaça nos exames anti-doping realizados nos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi 2014.
John Coates –
Advogado australiano, Presidente do Comitê Olímpico Australiano e vice Presidente do Comitê Olímpico Internacional. Figura de destaque e influência no esporte mundial. Declarou que a agência de controle anti-dopagem russa está “podre até a base”. Recebeu uma resposta do Twitter da RUSADA a tal polêmica declaração. Coates foi o mesmo que declarou há alguns anos “as preparações para os Jogos do Rio 2016 são as piores da história”.
Natalia Zhelanova –
Assessora do Ministro do Esporte da Rússia Vitaly Mutko e responsável pela implementação nas reformas do programa de controle anti-dopagem no país. Fez um apelo público ao COI para rever a decisão tomada pela IAAF em benefício dos atletas limpos não tenham de pagar pelos que jogaram sujo no processo.
ENTIDADES
IAAF –
International Association of Athletics Federation é a Federação Internacional de Atletismo com sede no Principado de Monaco e que determinou a suspensão do atletismo da Rússia em novembro de 2015 e confirmou a manutenção da suspensão na sexta-feira em decisão unânime do seu Comitê Executivo.
WADA –
World Anti-Doping Agency é a Organização Mundial de Controle Anti-Dopagem localizada em Montreal, no Canadá. A entidade apresentou ao IAAF um relatório quando faltavam dois dias para o anúncio da decisão referente a suspensão da Rússia. No relatório, a entidade revelou que 73 dos 455 testes feitos em atletas russos não puderam ser coletados, 7336 testes foram negados ou cancelados, 23 coletas desapareceram e 52 casos positivos na modalidade do atletismo.
COI –
Comitê Olímpico Internacional, entidade que regula o esporte olímpico se reunirá nesta terça-feira em Laussanne, na sua sede, para homologar a decisão aplicada pela IAAF. A entidade ainda irá deliberar como será o processo de seleção dos atletas “limpos” que poderão competir nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 sem a bandeira ou o hino russo.
FINA –
Federação Internacional de Natação, localizada em Lausanne, na Suiça. Entidade divulgou uma nota oficial indicando preocupação com o problema de doping do atletismo russo além do esquema de possível suborno para atletas da Seleção de Natação não serem testados para o controle anti-doping. A entidade garantiu que seguirá o processo de controle dos 10 melhores nadadores do mundo em todas as provas. Um total de um milhão de dólares foi investido neste movimento em 2016.Comunicou que sete atletas da delegação da Rússia não se enquadram na lista apresentada pelo COI e dessa forma estão fora da Olimpíada.
FINA manteve suspensão de Efimova – Divulgação/FINA
RUSADA –
Agência Nacional de Controle Anti-Doping da Rússia, entidade que tem seu principal laboratório descredenciado pela WADA além de inúmeras acusações de impedir a legitimidade dos testes.
GOVERNO DA RÚSSIA –
O país sofre com o drama de doping. É o maior país do mundo e nos Jogos Olímpicos de Sochi, na Rússia, promoveu os Jogos mais caros da história com 51 bilhões de dólares.

Federação de Natação bane da Olimpíada sete russos por doping . Entre os barrados, estão três medalhistas de Londres 2012.

A Federação Internacional de Natação (Fina) anunciou que sete nadadores russos não poderão participar da Olimpíada do Rio por terem violado as regras antidoping. 
Quatro deles, por conta do histórico do uso de substâncias proibidas em outras edições olímpicas. 
Os outros três foram citados na investigação da comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada), o relatório apontou indícios de participação ativa do governo russo no encobrimento de casos fraudulentos
Não há possibilidade de substituição de quem for barrado. 
A ideia é restringir a inclusão aos russos de limpa reputação.

Os nadadores:
Efimova, Michael Dovgaluk, Natalia Lovtcova e Anastasia Krapivina, nadadora de mar aberto, foram excluídos da lista de 387 membros do time nacional por conta do histórico de doping. 
 Morozov, Lobintsev e Daria Ustinova ficarão de fora por estarem no relatório da Wada.

O chefe do Comitê Olímpico da Rússia, Alexander Zhukov, afirmou que 13 membros da equipe nacional registravam envolvimento passado com a irregularidade. 

Segundo a agência R-sport, trata-se também dos ciclistas Ilnur Zakarin, Kirill Sveshnikov, Sergey Shilov e Olga Zabelinskaya; dos remadores Ivan Podshivalov e Anastasia Karabelschikova; das levantadoras de peso, Tatiana Kashirina e Anastasia Romanova; e do lutador Viktor Lebedev.



Entre os nadadores punidos estão Vladimir Morozov, Yulia Efimova e Nikita Lobintsev, três medalhistas dos Jogos de Londres 2012.
Vladimir Morozov, especialista em nado livre e nado costas.


Vladimir Morozov tricampeão do mundo em piscina curta, conquistou  bronze no revezamento 4x100 em Londres 2012 ao lado de Lobintsev, que também conquistou a prata nos 4 x 200 de Pequim, nos Jogos de 2008. 
Yuliya  Efimova  tetracampeã mundial nado Peito.

Efimova,  pretende recorrer da decisão, ficou em terceiro lugar nos 200 metros de nado peito em Londres 2010.

Com essa decisão a Fina se torna a primeira federação a excluir esportistas russos com base nos critérios fixados pelo Comitê Olimpíco Internacional.
 No domingo ,dia 24/07/16 , o Comitê Olímpico Internacional decidiu não vetar todo o time russo dos Jogos do Rio, como pedia a Wada — deixou que cada federação autorizasse ou não a participação dos atletas.

Mas estabeleceu uma regra: qualquer esportista russo já punido por doping deve ficar de fora da edição de 2016.


As federações do esporte podem ainda rejeitar os competidores russos que julguem não terem sido submetidos a suficientes exames de drogas.
Resultados de testes realizados na Rússia não serão aceitos, dadas as denúncias de encobrir irregularidades. 
Ainda não se sabe se cabe recurso legal à nova regra do COI.
Uma medida similar do comitê, a Osaka Rule, que previa a proibição de atletas de todo o mundo já banidos por doping de participarem da Olimpíada subsequente, foi declarada inválida pela Corte de Arbitragem para o Esporte (CAS). 
Embora tenha descartado ação legal, Zhukov rebateu que a iniciativa feria o “princípio da igualdade” ao focar somente esportistas russos.

Enquanto Isso ...

O Brasil

A decisão da Federação Internacional de Natação (Fina) de banir sete nadadores russos da Olimpíada do Rio pode beneficiar os atletas brasileiros da modalidade na disputa  por medalhas. 
Isso porque Vladimir Morozov e Nikita Lobintsev, dois dos atletas banidos, eram concorrentes diretos do Brasil nos 50m livres e no revezamento 4x100m livre, ambos masculinos.


A Itália

O chefe da delegação de nadadores da Itália foi categórico quando questionado sobre o procedimento de punição nestes caos. “Acreditamos que a decisão de excluir quem foi flagrado é correta”, disse Cesare Butini, acompanhado de Estefano Rubaudo, responsável pela equipe italiana, e do atleta Piero Codia, em coletiva de imprensa.
As vésperas dos jogos Rio 2016, o capítulo doping não está encerrado, a expectativa será sobre as ações das federações que podem mudar ou não os procedimentos futuros.

Vamos Aguardar...